Magistrados, servidores, conciliadores, mediadores e estudantes participam, nesta segunda-feira (8), no auditório do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), do Treinamento em Mediação e Conciliação, ministrado pelo juiz Roberto Portugal Bacellar.

O curso é dividido em três módulos. Na parte da manhã, Bacellar falou dos mecanismos de resolução de conflitos e possibilidade de composição e, em seguida, abordou os métodos autocompositivos e heterocompositivos de resolução de conflitos. Agora à tarde, o juiz  destacará os procedimentos, técnicas e habilidades da mediação.

Para o palestrante, o Poder Judiciário viveu um momento em que só se aplicava as leis, sem se preocupar com os outros fatores, mas, hoje, a conciliação e mediação são processos que humanizam. “Na conciliação a relação é pessoal, pois você exige uma solução que só será justa se for percebida pelas pessoas que fazem parte do processo”, afirmou.

Questionado sobre em que local do País a conciliação funciona bem, Bacellar não exitou em apontar Goiás como exemplo. “Aqui, estrategicamente, já se tem trabalhado a conciliação há muito tempo. Vejo que já é um esforço intenso do Núcleo para que essa cultura se torne cada vez mais comum”, ressaltou.

Abertura

A abertura contou com a presença do vice-presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), desembargador Carlos Escher, que representou o presidente, desembargador Ney Teles de Paula. O vice-presidente ressaltou que o Judiciário Brasileiro enfrenta sérias dificuldades, exigindo uma nova postura que seja moderna, planejada e transparente para atender os anseios da população.

“Por isso, o Tribunal de Goiás segue a orientação aprovada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que recomenda o planejamento e a execução de ações tendentes a dar continuidade ao Movimento Nacional pela Conciliação”, destacou.

Segundo ele, a conciliação e mediação bem feitas encerram a demanda judicial, promovem bons resultados e de longo prazo. Por isso, a expectativa para o treinamento de hoje é de que se qualifique com êxito os conciliadores voluntários, para que haja, cada vez menos, execuções após os acordos celebrados.

O juiz Paulo César Alves das Neves, coordenador do evento e do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos do TJGO, disse que a conciliação consegue abreviar a vida útil do processo, além de fazer com que os dois lados participem da solução de seus problemas. “Com esse treinamento, o Núcleo pretende fortalecer os sistemas alternativos e ao mesmo tempo contribuir para que o Poder Judiciário possa solucionar suas pendências com mais rapidez e eficiência”, finalizou. (Texto: Arianne Lopes / fotos: Hernany César - Centro de Comunicação Social do TJGO)

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