A distância e a dificuldade de acesso são fatores que contribuem para o isolamento das comunidades kalunga, instaladas em regiões remotas próximas da Chapada dos Veadeiros. O pouco contato com os centros urbanos resulta,também, em obstáculo para obter documentações. Somente nesta terça-feira (29), no segundo dia do Justiça Ativa em Cavalcante – cidade que abrange parte dos antigos quilombos – foram proferidas três sentenças para reconhecimento tardio de óbito.
O estudante Edgar Marques Ferreira Júnior receberá, como indenização por danos morais, a quantia de R$ 20 mil, conforme sentença proferida pela juíza Simone Pedra Reis durante o programa Justiça Ativa, realizado na comarca de Cavalcante. O jovem foi vítima de um acidente de trânsito e o valor será pago pelos motoristas que provocaram o atropelamento.
Paula Pereira Dias (foto) é moradora da região Terra Vermelha, uma das porções de mais difícil acesso na comunidade Kalunga Vão das Almas. A caçula dos seus 11 filhos, Maria Antônia, de 6 anos, ainda não tinha nenhum documento civil. Nesta terça-feira (29), em audiência realizada em Cavalcante, durante o Justiça Ativa, o juiz Luiz Antônio Afonso Júnior determinou a lavratura do registro civil da menor, mediante pedido da mãe.
A Associação Ecovila Arco-Íris, em Cavalcante, na Região Nordeste de Goiás, surgiu como um propósito de vida, segundo o seu presidente, Aurimar Machado. Compartilhar, em cotas, glebas de terras entre os participantes para, juntos, usufruírem do meio ambiente, sem fins lucrativos. Contudo, sem a infraestrutura prometida, parte dos compradores desistiu do negócio e requereu o investimento de volta – dando início a uma batalha judicial. Nesta segunda-feira (28), em audiência, realizada durante o Justiça Ativa, na comarca, foi possível chegar a um acordo entre as partes, mediado pelo juiz Luís Antônio Afonso Júnior.
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