O presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), desembargador Carlos França, abriu na tarde desta segunda-feira (17) a solenidade de lançamento da revista Goyazes, periódico da Escola Judicial de Goiás (Ejug). O corregedor nacional de Justiça e ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Luis Felipe Salomão, participou da abertura.

A mesa diretiva do evento também foi composta pelo corregedor-geral de Justiça do Estado de Goiás, desembargador Leandro Crispim; o diretor da Ejug, desembargador Jeronymo Pedro Villas Boas; o vice-diretor da Ejug, desembargador Edison Miguel da Silva Júnior; o juiz Eduardo Perez; a diretora de pós-graduação da Ejug, Elka Cândido; e a professora da Universidade Federal de Goiás (UFG) e representante da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Bartira Macedo Santos. Além disso, contou com a presença da palestrante do evento, a professora doutora em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Suelen Siqueira Julio, e do mediador da palestra, o professor doutor em Psicologia, Rodolfo Petrelli.

Ao abrir a solenidade, o chefe do Poder Judiciário Estadual, desembargador Carlos França, parabenizou a diretoria da Ejug, que tem à frente o desembargador Jeronymo Pedro Villas Boas como diretor e o desembargador Edison Miguel da Silva Júnior como vice-diretor.

O chefe do Poder Judiciário estadual também ressaltou que a iniciativa da publicação representa uma grande conquista e um marco para a Escola Judicial. "O crescimento e desenvolvimento da Ejug possibilitam que toda a magistratura e o corpo funcional do Poder Judiciário goiano alcancem o aprimoramento profissional, a fim de oferecer aos jurisdicionados uma prestação jurisdicional de excelência", pontuou.

Para a primeira edição da publicação, a personalidade escolhida para estampar a capa da revista foi Damiana da Cunha, indígena que exerceu relevante atuação política em Goiás, entre a segunda metade do século 18 e as primeiras décadas do século 19, no que diz respeito à inserção do contexto das políticas luso-brasileiras de atração dos povos originários enquanto povoadores e mão de obra. Damiana foi tema da palestra de lançamento da revista, proferida pela professora doutora Suelen Siqueira, atuando como mediador o professor doutor Rodolfo Petrelli.

O diretor da Ejug, desembargador Jeronymo Pedro Villas Boas, agradeceu as presenças e a participação da palestrante, Suelen Siqueira, e do mediador, professor Rodolfo Petrelli. Jeronymo Villas Boas destacou que a revista abre um novo ciclo de difusão do conhecimento na Ejug e justificou que o primeiro número da publicação resgata o reconhecimento de uma personalidade histórica no Estado de Goiás, "a primeira antropóloga indigenista brasileira, Damiana da Cunha", revelou.

Segundo o diretor da Ejug, a próxima edição da revista retratará a história dos quilombolas em Goiás e trará também a edição de artigos de antropólogos e de outras vertentes da psicologia forense. "Temos a pretensão de, em poucos anos, qualificar a revista com certificações de excelência, a fim de produzir trabalhos científicos", ressaltou o desembargador na oportunidade, ao assinar o ato de convocação para submissão de artigos científicos para a revista (foto acima).

Palestra de lançamento

Em sua exposição, a professora e doutora em História (UFF), Suelen Siqueira, contextualizou a história de Damiana, neta de um cacique de uma aldeia Caiapó, situada no município goiano de Mossâmedes, a 45 quilômetros da antiga capital de Goiás, Vila Boa. Ela teve uma importante atuação como mediadora entre indígenas e colonizadores.

Suelen Siqueira também discorreu sobre a atuação política de Damiana da Cunha e ressaltou que as mulheres indígenas constituem um grupo particularmente invisibilizado nos livros de história do Brasil. "Não podemos separar a história da colonização brasileira da história dos índios que aqui habitavam", avaliou a palestrante.

A mediação da exposição foi realizada pelo professor Rodolfo Petrelli, que é doutor em Psicologia pela "Universitá Pontifícia Salesiana Roma" e graduado em História, Filosofia, Teologia e Psicologia.

Presenças

Também prestigiaram o evento, as desembargadoras Sandra Regina Teodoro Reis, Camila Nina Erbetta Nascimento e Ana Cristina Ribeiro Peternella França; o desembargador Eliseu José Taveira Vieira, que compõe a Comissão de Memória e Cultura do TJGO; os desembargadores recém-escolhidos Paulo César Alves das Neves, Sival Guerra Pires, Adegmar José Ferreira, e Alexandre de Moraes Kafuri; a juíza auxiliar da Presidência do TJGO, Sirlei Martins da Costa; os juízes auxiliares da Corregedoria-Geral da Justiça do Estado de Goiás (CGJGO), Gustavo Assis Garcia e Marcus Vinícius Alves de Oliveira;o procurador-geral do Estado, Rafael Arruda; o juiz André Reis Lacerda; a secretária-geral do TJGO, Dayhenne Mara Martins Lima Alves; o presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás (IHGG), promotor de justiça e historiador Jales Guedes Coelho Mendonça; e a advogada Gláucia Teodoro Reis.

Programa de Linguagem Simples do TJGO