A “Comunicação Não Violenta nas dinâmicas de Trabalho”, ministrada pela economista e mestre em Gestão Econômica de Indústrias de Rede, Juliana Sardinha, finalizou o 1º Seminário de Saúde no Trabalho do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO ), nesta terça-feira (10), no auditório Desembargador José Lenar de Melo Bandeira. A iniciativa da Diretoria de Gestão de Pessoas, em parceria com a Escola Judicial (Ejug), teve como objetivo proporcionar um espaço de discussão e aprendizado sobre saúde mental no trabalho. Durante dois dias, foram realizadas palestras magnas, minicursos, rodas de conversa e oficinas terapêuticas, na sede do TJGO e no Fórum Cível.
O segundo dia de realização do 1º Seminário de Saúde no Trabalho do TJGO teve início com a palestra sobre o tema “O poder da gentileza na Saúde Mental”, proferida pelo mestre em Educação no Trabalho e especialista em gentileza corporativa, Luiz Tiago “Sr. Gentileza” (foto abaixo) no auditório Desembargador José Lenar de Melo Bandeira, com transmissão também pelo canal do TJGO no Youtube.
Comunicação Não Violenta nas dinâmicas de Trabalho
A palestrante Juliana Sardinha comparou a comunicação como um fio condutor de todos os nossos relacionamentos e frisou que “cuidar dos relacionamentos é cuidar da saúde física e mental. Por isso, é importante trazer o tema da comunicação não violenta”, destacou. Para ela, a Comunicação Não Violenta (CNV) não é uma forma de reprimir as emoções ou domesticar nossas emoções, “mas é uma prática que favorece a troca de entendimento. E a comunicação é algo que faço com os outros e não para os outros. Se não tenho troca, não estou comunicando. E a CNV visa favorecer essas trocas”, explicou.
Segundo ela, ao contrário do que muitos pensam, a Comunicação Não Violenta não é uma habilidade social de “falar de um jeito legal e simpático e sim uma habilidade estratégica para a construção de relações de confiança e colaboração. E sua função é conexão”, afirmou, ao destacar a importância de saber escutar o outro.
Em sua palestra, Juliana Sardinha abordou sobre os quatro pilares da Comunicação Não Violenta, que são: observação, necessidade, sentimentos e pedidos. E deu dicas aos participantes de como utilizar a Comunicação Não Violenta. “Escolham bem a estratégia de comunicação entre vocês. Há assuntos que é melhor tratar pelo WhatsApp, e, outros, o ideal é uma ligação, fiquem conscientes sobre isso, principalmente se os assuntos são importantes.
A palestrante enfatizou a importância de se colocar disponível para o outro. “O óbvio precisa ser dito. Se você acha que conversa desconfortável é algo difícil, espere até ver o resultado de não tê-la. E finalizou destacando que “todos somos o melhor que podemos ser até que aprendamos uma nova forma de sermos melhores ainda”.
O poder da gentileza na saúde mental
A primeira palestra do segundo dia do evento, sobre o tema “O poder da gentileza na Saúde Mental”, o expositor Luiz Tiago, o “Sr. Gentileza”, já indicado ao Prêmio Nobel da Paz e também palestrante internacional, trouxe reflexões importantes desse tema para a saúde mental. “Quando falamos em autocuidado, falamos de olhar para dentro e cuidar das emoções, sentimentos, saúde física, financeira, emocional, espiritual. É uma decisão diária que transforma tudo ao nosso redor, mesmo sendo desfiador nos dias de hoje. Essa escolha traduz pra a saúde mental quando beneficia tanto quem escolhe quanto quem é beneficiado. Para se ter uma ideia, quem pratica, há uma descarga de 33 hormônios do bem-estar na corrente sanguínea, pelos estudos da Universidade de Boston. Ou seja, praticar gentileza faz bem pra sua saúde emocional e também espiritual”, explicou.
Fazer a diferença no mundo
A diretora de Desenvolvimento de Pessoal e Qualidade de Vida do TJGO e organizadora do evento, Daniela Botelho, falou da necessidade de trazer essa temática para o seminário. “A imersão nessa prática da gentileza pode mudar a forma de como você se relaciona com o mundo e com as pessoas. É fazer a diferença no mundo e trazer que, às vezes, pequenas práticas do cotidiano podem contribuir para um ambiente que gere saúde mental, bem- estar e mais qualidade de vida. É não esquecer que as relações humanas transformam o ambiente de trabalho e geram uma cultura de saúde mental para essas relações nas instituições”, falou a gestora.
Minicursos
Os minicursos ocorreram no período vespertino, no segundo dia do 1º Seminário de Saúde no Trabalho, o Saúde Sim. O primeiro foi conduzido pela médica Maria Emília, especialista em cardiologia. Ela abordou “Espiritualidade e Saúde”. A médica apresentou informações acerca de doenças cardiovasculares, primeira causa de morte no mundo, e explicou a necessidade da atividade física regular e dos cuidados com a saúde emocional para se evitar doenças no presente e futuro.
O segundo minicurso abordou “Desvendando o Burnout e o papel da suplementação na melhora do quadro”, com a médica Tallita Cardoso, que apresentou quatro passos para evitar o Burnout: mapear o seu processo, visualizar o seu trabalho, limitar o trabalho em andamento, usar ferramentas de organização como o trello. A médica também recomendou a suplementação de vitaminas como a B e a D, além antioxidantes. “Devem ser utilizadas por todos nós, e são fundamentais para o bom funcionamento do nosso organismo”, disse.
O último minicurso foi ofertado pelo psiquiatra Rafael Rocha Luzini, com o tema: “Saúde mental, performance, liderança e gestão de sucesso”. O médico destacou formas de cuidar da saúde mental no dia a dia, como buscar intervalos no horário de trabalho para respiração e reflexão, além de acompanhamento com terapeuta. Veja galeria de fotos (Centro de Comunicação Social)