Em continuidade à programação do 1º Seminário de Saúde no Trabalho, Saúde Sim, na tarde desta segunda-feira (9), no auditório José Lenar de Melo Bandeira, sede do TJGO, o juiz Eduardo Perez ministrou palestra sobre o tema: “Felicidade no trabalho: algo possível?”. No período vespertino do primeiro dia do seminário ainda foram realizados minicursos. O evento é realizado pela Escola Judicial do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (Ejug) e Diretoria de Gestão de Pessoas (DGP) do TJGO.

A apresentação do palestrante foi feita pela servidora da Divisão de Desenvolvimento Pessoal e Qualidade de Vida do TJGO, Graciele de Bastos. Ela explicou que o evento tem o objetivo de fortalecer o debate sobre saúde mental. “Um tema de extrema relevância para nossa instituição”, frisou.

O juiz Eduardo Perez destacou que a felicidade não tem a ver com bens, ostentação e viagens. “Atualmente, temos a ideia de que a felicidade está vinculada ao prazer, enquanto nos esquecemos do caminho que percorremos no dia a dia, nas relações com as pessoas”. Ele contextualizou a felicidade no ambiente judicial. “O juiz nem sempre está satisfeito com suas decisões, pois são uma contingência do processo. A lei impõe limitações e gera impotência, a lei implica aos magistrados lidarem com o não”, avaliou o magistrado.



Minicursos

O 1º Seminário de Saúde no Trabalho também realizou minicursos nesta segunda-feira (9) e terça-feira (10), ao longo do dia, nas salas multiuso e no auditório da Ejug.

O primeiro minicurso desta segunda-feira foi com o psicólogo Danilo Suassuna, que abordou “Quebrando o silêncio: masculinidade e terapia”. Ele destacou aspectos que, comumente, impedem com que homens procurem ajuda psicológica e compreendam que a terapia é necessária para a evolução pessoal de cada cidadão.



“Sentimentos como vergonha e questões que são ensinadas desde a infância, como ‘homem não chora’, ‘macho alfa’, ‘terapia é coisa de gente fraca’ atrapalham muito a busca por ajuda”, observou o psicólogo. Ele ressaltou que é importante a exposição das dores junto a um profissional como forma de despertar a consciência para questões que incomodam e aprender a lidar melhor com elas.

“Assim, melhoramos a relação com nós mesmos e com todos que nos cercam. Homens precisam entender que todo ser humano precisa de ajuda do outro para sobreviver. Ninguém faz nada sozinho”, enfatizou.

O segundo minicurso do dia foi conduzido pela psicóloga Rose Shimabuku, com o tema: “Desafios e possibilidades para a saúde mental no mundo contemporâneo”. Rose observou que muitas doenças físicas comuns atualmente são provocadas ou potencializadas pelo desequilíbrio emocional. “A saúde mental deve ser prioridade tanto quando a saúde física. Requer cuidados diários”, disse.



Já o terceiro minicurso abordou o tema: “Por que estamos adoecendo?”, com o psiquiatra Rafael Rocha Luzini. Ele destacou aspectos que provocam sobrecarga mental no dia a dia, como desconexão de valores significativos, como conexão, autenticidade, autonomia, e a desconexão com um futuro seguro. “Somos obrigados a ser felizes, a termos controle do futuro, a não parar nunca de trabalhar e estudar, e a nos reinventarmos sempre. Precisamos equilibrar esses pontos, que são cargas muito pesadas quando exigidas de forma exagerada”, ressalvou o psiquiatra.

Durante o seminário, os participantes têm acesso à massagem rápida, auriculoterapia, mindfullness, rodas de conversa e dicas de alimentação saudável. Veja galeria de fotos (Texto: Carolina Dayrell e Loren Milhomem/ Fotos: Wagner Soares)


 

 

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