O juiz auxiliar da Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) Reinaldo de Oliveira Dutra conduziu, nesta terça-feira (3), uma reunião com a equipe da Universidade Federal de Goiás (UFG), visando promover o georreferenciamento do território Kalunga, localizado na Chapada dos Veadeiros, região Nordeste do Estado. O encontro foi realizado no Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig), no campus Samambaia.
Participaram da reunião o procurador da República José Ricardo Teixeira Alves; a procuradora do Estado de Goiás Fabiana Baptista; o diretor de Secretaria da Vara Federal de Formosa, Felipe Mazzutti; o assessor da Corregedoria-Geral do Estado Sérgio Dias dos Santos; o professor Manuel Ferreira, vice-coordenador do Lapig/UFG; além de representantes do Instituto Federal de Goiás (IFG); do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado de Goiás (Seapa).
Durante a reunião, foi exposto que o território Kalunga ocupa uma área de cerca de 261 mil hectares nos municípios de Cavalcante, Teresina de Goiás e Monte Alegre, sendo o território ocupado por 39 comunidades.
Ao mediar a reunião, o juiz Reinaldo de Oliveira Dutra destacou que a meta do TJGO é dar resolutividade ao problema das comunidades que residem na região Kalunga. “O objetivo do Poder Judiciário é unir forças com todas as instituições aqui representadas para que consigamos entregar a regularização do território Kalunga”, ressaltou.
Após apresentação do cenário sociopolítico e das questões envolvendo os aspectos jurídicos da área ocupada, ficou definido que representantes do Incra, da PGE-GO e da Seapa apresentarão as demandas específicas de cada instituição à Lapig/UFG para que os pesquisadores da universidade elaborem um projeto de pesquisa de georreferenciamento da área. Em seguida, o projeto será apresentado ao TJGO para que os trabalhos técnicos possam ser iniciados.
O professor Manuel Ferreira (Lapig/UFG) afirmou que a universidade possui condições de realizar o levantamento proposto. “A UFG aceita o desafio, desde que haja uma construção colaborativa com todas as instituições parceiras no projeto. Nós concluímos que temos condições de fazê-lo, desde que a gente venha a fazer o georreferenciamento por etapas. Então, seria um projeto que talvez tenha várias etapas até ser concluído”, pontuou. (Texto: Sarah Mohn / Fotos: Acaray Martins – Centro de Comunicação Social do TJGO)