Dando continuidade à programação da 27ª Semana da Justiça Pela Paz em Casa do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), que está sendo realizada em Cavalcante, a Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do TJGO realizou, nesta terça-feira (20), capacitação e oficinas com a rede de proteção e atendimento sobre o fluxo de atendimento às mulheres, crianças e adolescentes.

Os trabalhos foram coordenados pela vice-coordenadora da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica do TJGO, juíza Érika Barbosa Gomes Cavalcante (foto abaixo) , e contou com a participação do juiz da comarca de Cavalcante, Leonardo de Souza Santos.

A magistrada apresentou a dinâmica das atividades e salientou que o dia foi marcado pelo diálogo e troca de informação. “Reunimos a rede de enfrentamento dos três municípios Kalungas – Cavalcante, Teresina de Goiás e Monte Alegre – e discutimos problemas muitos recorrentes na região como racismo, crimes contra a criança e adolescente e crimes ocorridos no ambiente doméstico familiar contra a mulher. Aproveitamos a experiência desses profissionais e construímos um fluxo de atendimento para melhor atender a comunidade”, destacou.

A capacitação foi ministrada pelas servidoras da Coordenadoria da Mulher, Daniele Rodrigues e Morgana Santos. O objetivo do curso foi apresentar os projetos e ações da Coordenadoria aos profissionais da Rede de enfrentamento à violência de Cavalcante. Segundo Daniele Rodrigues, “a ação é de extrema importância para que eles conheçam e possam acessar os serviços ofertados. Em 2021, foi implantado o Projeto Educação e Justiça: Lei Maria da Penha na Escola e hoje observamos o empenho e engajamento dos profissionais da região de Cavalcante”, frisou.

Segundo Morgana Santos, as ações que compõem a programação da Semana Nacional da Justiça Pela Paz, são oportunidades para, de forma multidisciplinar e interinstitucional, discutir ações de enfrentamento da violência contra as mulheres, em todos os ciclos de vida (crianças, adolescentes, jovens, adultas e idosas). “Assim, a proposta de capacitação é uma estratégia para que seja exercitada a formação continuada. Onde é possível fazer uma reflexão sobre a realidade, sobre os dados da violência no território e as possibilidades de superar essa realidade”, salientou.


Rede de enfrentamento
O psicólogo do município de Cavalcante e Teresina de Goiás e que atua na rede, Flávio Serafim (foto abaixo), afirmou que os cursos oferecidos fazem com que os profissionais se sintam seguros para atuarem no enfrentamento à violência doméstica. “Nós, enquanto servidores públicos, temos a obrigação de atuar de forma diferente e é por meio desses processos de formação que conseguimos. Os cursos e as oficinas precisam ser presentes e continuados para colaborarem cada vez mais com nossa atuação”, frisou.

“Como profissionais da ponta precisamos estar nos instrumentalizando e recebendo atualização das coisas que são feitas pelos órgãos públicos para que consigamos assegurar os direitos das mulheres, das crianças que são atingidas. A capacitação amplia nossa atuação no território e ao mesmo tempo fortalece o vínculo entre os Poderes e quem sai ganhando é a população”, enfatizou, Alla Soüb, coordenador do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Cavalcante.

Além dos profissionais que atuam na rede de enfrentamento, as servidoras da Coordenadoria Lucelma Messias de Jesus e Mara Cristina também acompanharam os trabalhos.

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