O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), responsável por processar e julgar, na seara criminal, os membros do Poder Judiciário, referendou, nesta quarta-feira (14), a decisão da desembargadora Nelma Branco Ferreira Perilo que determinou, cautelarmente, o afastamento do juiz de direito Adenito Francisco Mariano Júnior, titular da Comarca de Silvânia, do exercício do cargo. A operação ocorreu no âmbito de um inquérito judicial instaurado pelo próprio TJGO, que apura supostas práticas criminosas envolvendo o magistrado, seus assessores, advogados e um contador. A sessão foi conduzida pelo chefe do Poder Judiciário, desembargador Carlos França.

Ainda durante a sessão, também foi aprovada pelo órgão especial a proposta apresentada pelo corregedor-geral da Justiça, desembargador Leandro Crispim, no sentido de decretar o afastamento cautelar do magistrado de suas funções jurisdicionais no âmbito administrativo.

Funcionamento normal na comarca
Para evitar prejuízo ao funcionamento normal dos serviços judiciários na comarca de Silvânia, o presidente Carlos França destacou, na sessão, que durante a operação foi designado o juiz Fábio Borsato, lotado em Goiânia, para responder pela comarca de Silvânia. Além disso, a diretora do Foro da comarca da capital, Patrícia Bretas, foi nomeada para auxiliar na diretoria do Foro de Silvânia, e uma força-tarefa da Corregedoria-Geral da Justiça está realizando uma inspeção extraordinária na comarca.

Sobre a operação

A operação realizada na terça-feira (13), fruto de uma investigação conjunta da Corregedoria-Geral da Justiça e do Núcleo de Inteligência do TJGO, resultou em buscas e apreensões no gabinete do juiz, residências e escritórios, além da decretação de indisponibilidade de bens e uso de tornozeleira eletrônica pelos envolvidos.

A investigação, conduzida pela Polícia Civil e pela Procuradoria Geral de Justiça com autorização do Poder Judiciário, revelou evidências de possíveis crimes, sendo acompanhada por autoridades para garantir legalidade e transparência. A desembargadora Nelma Branco Ferreira Perilo justificou as medidas cautelares pela gravidade dos fatos e a necessidade de evitar interferências nas investigações.

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