O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) está ampliando o uso de inteligência artificial (IA) para melhorar sua produtividade e atendimento ao cidadão. Essas iniciativas, lideradas pelo chefe do Poder Judiciário, desembargador Carlos França, incluem a recente transformação da Diretoria de Estatística em Diretoria de Inteligência Artificial, Ciência de Dados e Estatística (DIACDE), conforme a Lei Estadual n. 22.833/2024. A nova diretoria também já está utilizando modelos de linguagem abertos (LLMs) para adaptar essa tecnologia ao contexto jurídico. Trata-se de um novo modelo de abordagem, já que o TJGO utiliza IA nos processos judiciais desde 2020.
“Nossa principal meta é oferecer um excelente serviço à sociedade e de forma célere. O uso da inteligência artificial é um aliado fundamental para alcançar essa eficiência. Estou certo que a transformação dessa diretoria contribuirá para um maior avanço no utilização da IA para otimizar a justiça em Goiás”, afirmou o desembargador Carlos França, que ainda parabenizou todos que atuam na Diretoria de Inteligência Artificial, em nome do diretor Antônio Pires.
O que é linguagem aberta?
Linguagem aberta refere-se a modelos de inteligência artificial que são desenvolvidos de forma colaborativa e com código disponível para qualquer pessoa usar, modificar ou aprimorar. Esses modelos são treinados com uma vasta quantidade de dados e são capazes de compreender e gerar texto em linguagem natural. No contexto jurídico, a utilização de LLMs permite adaptar a tecnologia para entender e processar a linguagem específica usada nos tribunais e documentos legais.
O treinamento de modelos como Mistral, LLama e Qwen permite ao TJGO adaptar essas ferramentas à linguagem jurídica específica, melhorando a precisão e relevância das respostas. Isso agiliza a análise, sumarização e produção de documentos, como relatórios de decisões judiciais e resumos de processos. As soluções de IA já em uso, como Berna, Ana, Simples e Fácil, o Assistente Virtual (Chatbot) e os relatórios de agravo de instrumento no 2º grau, ganham eficiência com esses modelos treinados no contexto jurídico, além dos novos projetos em andamento.