O vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Edson Fachin, proferiu, nesta sexta-feira (26), a palestra de encerramento do IX Consepre, apresentando sua visão sobre o Poder Judiciário brasileiro e seu papel na sociedade. A mesa de honra foi coordenada pelo presidente do Consepre, desembargador Carlos França, e pelo anfitrião do evento, presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, desembargador Luiz Fernando Tomasi Keppen.

Fachin abordou diversos temas, destacando a importância do diálogo com a sociedade e a preservação dos valores democráticos. O ministro destacou seu compromisso com o Poder Judiciário, alinhando-se às diretrizes estabelecidas pelo presidente do STF e do CNJ, ministro Luiz Roberto Barroso, que incluem a proteção dos direitos fundamentais, a preservação da democracia e a eficiência da justiça.

Defesa da Autonomia e Independência do Judiciário

O vice-presidente do CNJ enfatizou a importância da autonomia e independência do Poder Judiciário, salientando a necessidade de evitar a politização das decisões judiciais. O Ministro defendeu a democracia e os direitos fundamentais, destacando a necessidade de “evitar retrocessos” e promover um judiciário mais humano e atento às necessidades da sociedade. “É importante, dentro do Judiciário e do Poder com a sociedade, nos unirmos para a defesa da autonomia e independência do Judiciário.”

Desafios da Justiça Estadual

Falando diretamente com os presidentes de tribunais de Justiça de todo o Brasil, Fachin destacou a significativa responsabilidade da Justiça Estadual, incluindo violência doméstica, juizados especiais e casos envolvendo infância, juventude e direito de família. “A Justiça Estadual é responsável por mais de 70% da justiça brasileira”. E ao citar a necessidade de uma gestão planejada e profissional para alcançar a eficiência desejada no judiciário, abordou números desafiadores, como a existência de 32.500 crianças em acolhimento e 4.340 para adoção; mais de 150.000 ações penais e inquéritos policiais de homicídios em andamento; e o desafio de gerir 8.628 varas em 1.453 unidades jurídicas.

Comunicação com a Sociedade

O vice-presidente do CNJ destacou a necessidade de melhorar a comunicação do Judiciário com a sociedade, enfatizando que “precisamos reconhecer que estamos nos comunicando mal com a sociedade”. Ele também abordou as responsabilidades e desafios da Justiça Estadual, citando as demandas expressivas nos juizados especiais, civis e criminais, e a questão da violência doméstica.

Fachin encerrou sua fala com um apelo pela justiça e pela humanidade, citando o Papa Francisco e reforçando a necessidade de um judiciário coeso e preparado para enfrentar desafios futuros. “Fome e sede de justiça. Assim teremos um poder judiciário coeso em suas singularidades e diferenças.”

O presidente do Consepre, desembargador Carlos França, agradeceu a participação do ministro do STF e do CNJ no evento. “Reforço as palavras do ministro Fachin. A união e o compromisso de todos são fundamentais para enfrentarmos os desafios atuais e futuros com eficiência e humanidade.”

Por sua vez, o desembargador Luiz Fernando Tomasi Keppen, anfitrião do evento, destacou a qualidade da palestra do ministro do STF. “Suas palavras tocaram o coração de cada um e cada uma, demonstrando a grande sensibilidade humana e o vasto conhecimento técnico do ministro Luiz Edson Fachin”.

Participaram também da palestra: o conselheiro do CNJ, Marcello Terto; a presidente do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), desembargadora Regina Célia Ferrari, vice-presidente do Consepre; o presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), desembargador Ricardo Cardozo, vice-presidente de Relacionamento Institucional; a chefe do Poder Judiciário tocantinense, desembargadora Etelvina Maria Sampaio Felipe, vice-presidente de Cultura; e o presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), desembargador Fernando Tourinho de Omena Souza, vice-presidente de Inovação e Tecnologia; desembargadora aposentada do TJPR, Rosana Amara Girardi Fachin; o desembargador do Tribunal de Justiça de Rondônia, Marcos Alaor Diniz Grangeia; o presidente do TJMA, desembargador Paulo Sérgio Velten Pereira; a presidente do TJRS, desembargadora Iris Helena Medeiros Nogueira (TJRS); o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Fernando Antonio Torres Garcia; a presidente do Tribunal de Justiça do Mato Grosso, desembargadora Clarice Claudino da Silva; o presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, desembargador Cruz Macedo; o presidente do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul, desembargador Sérgio Fernandes Martins; o presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, desembargador João Benedito da Silva; o presidente do Tribunal de Justiça do Piauí, desembargador Hilo de Almeida; o presidente do Tribunal de Justiça de Rondônia, desembargador Raduan Miguel Filho; o presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, desembargador Amílcar Maia; a presidente do Tribunal de Justiça do Pará, desembargadora Maria de Nazaré Silva Gouveia; a presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas, desembargadora Nélia Caminha Jorge; o presidente do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, desembargador Altamiro de Oliveira; a desembargadora Cyntia Maria Pina Resende, presidente eleita do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, representando o presidente do TJBA, desembargador Nilson Soares Castelo Branco; o desembargador Marcos Lincoln, representando o presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais; o desembargador José Arthur de Carvalho Pereira Filho; o vice-presidente do Tribunal de Justiça do Ceará, desembargador Heráclito Vieira de Sousa Neto, representando o presidente do TJCE, desembargador Antônio Abelardo Benevides Moraes; o vice-presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Amapá, desembargador Mário Euzébio Mazurek, representando o presidente do TJAP, desembargador Adão Carvalho; o primeiro vice-presidente eleito do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco; desembargador Fausto de Castro Campos, representando o presidente do TJPE, desembargador Luiz Carlos de Barros Figueirêdo; o desembargador Alberto Delgado Neto, presidente eleito do TJRS; a desembargadora do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, Ana Cristina Peternella França; a desembargadora do Tribunal de Justiça do Pará, Célia Regina de Lima Pinheiro.

Quer saber mais sobre seu processo. Fale comigo!
Atendimento Virtual
Programa de Linguagem Simples do TJGO
Avalie nosso serviço