A juíza auxiliar da Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), Lídia de Assis e Souza e a coordenadora da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, juíza Marianna de Queiroz Gomes, conduziram, na tarde desta quinta-feira (16), reunião da 2ª edição do projeto Recomeçar, que visa acompanhar o andamento do Termo de Cooperação nº 3/2022 e Termo aditivo, firmado com o Instituto para o Desenvolvimento do Ensino e Ação Humanitária (IDEAH) da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, com a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS), Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES), Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Goiás (Seds) e Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), de casos de cirurgia reparadora de vítimas de violência doméstica. Ao todo, são dez vítimas que serão encaminhadas e três foram encaminhadas para outros programas. Também ficou definida a previsão de finalização das cirurgias no primeiro semestre de 2024.
No encontro, a juíza Lídia de Assis e Souza informou que neste projeto estamos transformando vidas de mulheres, adolescentes e crianças que foram atingidas pelo ciclo de violência doméstica. “Estamos discutindo para que essas cirurgias possam trazer um novo olhar na vida delas e esperando que tenham uma vida melhor”.
A juíza Marianna de Queiroz Gomes considerou a reunião produtiva. “Saímos daqui com treze casos revisados e com previsão de finalização das cirurgias no início de 2024”, explicou. Durante a reunião, acompanharam os casos das vítimas que serão compreendidas pelo projeto. Além de programar as cirurgias das vítimas, a magistrada ressaltou que serão realizadas reuniões mensais com os parceiros do Termo de Cooperação, para assegurar execução do plano de trabalho.
Marianna de Queiroz Gomes disse que o projeto foi aperfeiçoado, para garantir, também, o alcance de vítimas que residem no interior do Estado de Goiás. “Percebemos a necessidade de aprimorar o acolhimento das vítimas, já que as mulheres moram em vários municípios do Estado. Temos certeza que vamos entregar para elas a possibilidade de um novo início, após a saída do ciclo de violência doméstica”, afirmou.
O presidente do IDEAH da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o médico-cirurgião Luciano Chaves, que participou da reunião no formato virtual, destacou a necessidade de assistir às vítimas, uma vez que a paciente já passa por diversos constrangimentos. “Essas pacientes precisam de um olhar diferenciado, pois quando procuram por atendimento, têm por vezes que passar por outros constrangimentos, já que têm que contar suas histórias, movidas por tristeza e choro”.
Participaram da reunião os representantes da Superintendência de Regulação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Ana Paula Ferreira Barbosa; Erine Cristina Belo e Elter Borges de Campos Souza, da Coordenadoria da Mulher, Lucelma Messias de Jesus, Daniele Nascimento, Carlos da Silva Gonçalves e Geovana Bernardes Ribeiro; da diretoria de Unidades Socioassistenciais da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), Roberta Wendorf de Carvalho e Mário Joaquim dos Santos Neto; da Secretaria de Desenvolvimento Social de Goiás da subsecretária Institucional (SEDS), Cássia Bessa; da Superintendência de Regulação, Controle e Avaliação (SES), Amanda Melo e Arantes Limongi; e da gerência de Regulação de Cirurgia Eletivas, Fernanda Barbosa de Oliveira.
Primeira edição
A primeira etapa do programa já contemplou doze vítimas, provenientes de diferentes comarcas do Estado, selecionadas pela Coordenadoria Estadual da Mulher do TJGO. As vítimas são avaliadas por médicos e profissionais das áreas de cirurgia plástica da Universidade Federal de Goiás (UFG), do Hospital das Clínicas de Goiânia, do Hospital Geral de Goiás e da Santa Casa de Misericórdia nos consultórios do Centro de Saúde do TJGO, para então serem submetidas ao adequado tratamento e procedimento cirúrgico. (Texto e fotos: Acaray Martins - Centro de Comunicação Social do TJGO)