Nesta terça-feira (29), o juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri da comarca de Goiânia, presidirá o júri popular dos réus Raissa Nunes Borges e Jeferson Cavalcante Rodrigues. Eles são acusados de assassinar a jovem Ariane Bárbara Laureano de Oliveira e esconder o corpo em uma mata no Setor Jaó. O julgamento será a partir das 8h30, no Fórum Cível de Goiânia Heitor Moraes Fleury.
O crime, supostamente cometido por Raissa Nunes Borges, Jeferson Cavalcante Rodrigues, Enzo Jacomini Carneiro, conhecido como “Freya”, e uma adolescente, aconteceu no dia 24 de agosto de 2021, por volta das 21 horas, no interior de um veículo. Ariane foi morta com golpes de facas após ter sido enforcada até desmaiar.
De acordo com a denúncia, a motivação para o crime teria sido um “teste prático” que Raissa queria fazer com ela mesma, a fim de averiguar se possuía transtorno de personalidade comportamental e antissocial. Após matarem a jovem, os acusados desovaram o corpo em uma mata no Setor Jaó, foram se limpar em um banheiro público e saíram para lanchar.
Os réus estão sendo julgados por homicídio qualificado, por motivo fútil e que impossibilitou a defesa da vítima, além de responderem por ocultação de cadáver e corrupção de menores.
Andamento do processo
No dia 4 de novembro de 2021, o juiz Jesseir Coelho de Alcântara aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) em desfavor de Raissa, Jeferson e Enzo. No dia 28 do mesmo mês, os réus foram pronunciados, sendo mandados a júri popular.
No dia 13 de março de 2023, estava marcado o julgamento dos réus Enzo Jacomini e Jeferson Cavalcante. Entretanto, no início da sessão, a defesa de Jeferson solicitou o desmembramento do julgamento, pedido que foi aceito pelo Ministério Público e pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara. No mesmo dia, “Freya” foi condenado a 15 de anos de prisão. A sentença está sendo cumprida, inicialmente, em regime fechado na Penitenciária Odenir Guimarães (POG).
Estudantes
Segundo o juiz Jesseir Coelho de Alcântara o júri terá a presença de alunos de diversos cursos. “Muitos estudantes de Direito já estão entrando em contato para saber se poderão acompanhar a sessão pessoalmente”, afirmou o magistrado. O juiz reforçou que acadêmicos de outras áreas, como os alunos de Psicologia Jurídica e Forense do curso de Psicologia da Faculdade Cambury, também demonstraram o desejo de acompanhar o julgamento presencialmente. (Texto: Agnes Geovanna - Centro de Comunicação Social do TJGO)