O Comitê de Igualdade Racial do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) realizou, nesta terça-feira (24) uma roda de conversa sobre a vida do advogado brasileiro abolicionista, escritor e jornalista Luiz Gama. O encontro foi coordenado pela juíza Adriana Maria dos Santos Queiróz de Oliveira.
O grupo escolheu o dia de hoje, em razão do aniversário de sua morte, ocorrida no dia 24 de agosto de 1882, aos 52 anos de idade. De iniciativa inédita, os integrantes do comitê se reuniram nesta edição especial para apresentar a vida e obra deste grande intelectual negro.
A apresentação inicial foi realizada pela juíza Adriana Queiróz. Logo em seguida, as integrantes do comitê Joelma Costa Santos, Cecília Araújo, Cláudio Henrique Pedrosa, David Martins de Cerqueira e Luiz Phelipe Fernandes de Freitas Morais levaram suas percepções e contribuições ao público sobre o ativista.
Além das obras, biografias e vastas pesquisas apresentadas pelos integrantes do comitê, foi levado ao conhecimento do público o lançamento do filme chamado Doutor Gama, dirigido pelo cineasta Jeferson De, que conta a trajetória do abolicionista.
No chat, as pessoas parabenizaram a iniciativa do TJGO. “Excelente tema, feliz em participar dessa palestra sobre uma grande Brasileiro”, escreveu Samuel Rocha Alves. “Que bom ver o Tribunal de Justiça de Goiás abrir canal para aprofundarmos neste assunto. Parabéns a todos”, também registrou Janete Ferreira.
Ao final, a coordenadora do Comitê de Igualdade Racial do TJGO agradeceu a participação de todos e falou da importância da inciativa. “Estamos cheios de esperança, essa é a mensagem que fica. Escolhemos o melhor nome para este momento. Um homem que ousou, foi corajoso e não aceitou o local que muitos tentaram o colocar. Um negro que luta. Sabemos que hoje existem movimentos para resgatar toda a luta e história dele. Fico feliz em ver que o propósito do grupo de estudos foi cumprido, pois instigamos a todos a pensar um pouquinho mais”, salientou Adriana Queiróz.
Sobre Luiz Gama
O abolicionista Luiz Gama é considerado o Patrono da Abolição da Escravidão do Brasil. Ele nasceu livre na Bahia, foi vendido pelo próprio pai para pagar uma dívida de jogo, aprendeu a ler e a escrever já adulto e, como advogado, libertou mais de 500 pessoas escravizadas.
Luiz Gama era filho de Luísa Mahin, mulher africana livre e que participou ativamente de levantes negros na Bahia. Além de ter sido pioneiro ao introduzir a subjetividade negra na literatura. (Texto: Arianne Lopes / Fotos: Arianne Lopes e Acaray Martins – Centro de Comunicação Social do TJGO)