Montagem da série Memórias do Judiciário de Goiás com foto de Antônio Félix de Bulhões Jardim

Nesta quinta-feira, 13 de maio, a abolição da escravatura completa 133 anos e na série “Memórias do Judiciário de Goiás” a Comissão de Cultura e Memória do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) relembra um dos nomes históricos que defendia a abolição da escravatura em Goiás: Antônio Félix de Bulhões Jardim. Confira também o texto e o vídeo do presidente da Comissão, desembargador Itaney Campos. 

Antônio Félix de Bulhões Jardim foi uma das personalidades mais proeminentes da sociedade vilaboense do século XIX. Nascido em agosto de 1845, era filho de Ignácio de Soares Bulhões, um abastado comerciante vilaboense, e de Antônia Emília de Jardim,  filha do ex-presidente da província José Rodrigues Jardim. Nascido em 1845, Félix de Bulhões graduou-se em Ciências Sociais e Jurídicas em São Paulo, onde era forte o movimento abolicionista. Formando-se aos vinte anos, regressou para a província, onde foi nomeado promotor público de Vila Boa. Ingressou logo depois na magistratura, sendo nomeado para as comarcas de Arraias, Santa Cruz e Jaraguá, sucessivamente. Exerceu a judicatura também em Minas Gerais. Aposentou-se, então, no cargo de desembargador do Tribunal da Relação de Goiás, criado em 1873  e instalado em 1874, na capital da província. Dedicou-se então ao jornalismo, tendo criado e dirigido cinco jornais na capital, que utilizou como porta-vozes dos seus ideais libertários. Dirigiu o gabinete literário daquela cidade. Faleceu precocemente, aos 41 anos de idade, em 1887. Deixou um livro de poemas, publicado postumamente, em 1905, pela família.

Desembargador Itaney Campos
Presidente da Comissão de Cultura e Memória do TJGO 

 

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