Em iniciativa para ampliar o diálogo com os magistrados de primeiro grau, o presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), desembargador Carlos Alberto França se reuniu nesta quinta-feira (11), por videoconferência, com juízes de mais 35 comarcas de entrância intermediária. Foi o terceiro encontro virtual do tipo – o primeiro foi promovido na segunda-feira (8), abrangendo os magistrados de entrância inicial, e o segundo, na terça-feira (9), voltado ao primeiro grupo de entrância intermediária.
Segundo o chefe do Poder Judiciário goiano, a intenção é que “a administração tenha total conhecimento das necessidades e demandas de cada comarca, a fim de reunir esforços para aprimorar a prestação jurisdicional”. O presidente tem, também, reuniões agendadas com os servidores do Judiciário, por meio de encontros agendados na próxima semana com Sindjustiça, no dia 18, e com o SindoJus-GO, no dia 19.
Metas e prioridades para o biênio
Durante o encontro desta quinta-feira (11), além do chefe do Poder Judiciário de Goiás e dos magistrados, participaram também os juízes auxiliares da Presidência, secretária-geral, diretor-geral e diretores de área. Na videoconferência - que também contou com a participação dos juízes auxiliares da Corregedoria-Geral da Justiça e da presidente da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego), juíza Patrícia Carrijo - o desembargador Carlos Alberto França explanou as metas para sua gestão no biênio 2021-2023, que culminam em focar a atividade-fim do Poder Judiciário: julgar processos, com celeridade e eficiência.
Dentre os pontos abordados, o presidente destacou que é necessário julgar mais processos do que a quantidade de distribuição, priorizar crimes contra a administração pública e de improbidade administrativa, bem como os de violência doméstica e de gênero; e, ainda, os relacionados à infância e à juventude.
O desembargador anunciou, também, que sua gestão vai investir no Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec), para incentivar a conciliação e a mediação, e empenhar a figura do juiz leigo para os Juizados Especiais do interior goiano.
Em sua gestão à frente do TJGO, Carlos Alberto França afirmou que não pretende investir em construção de novos prédios, a fim de direcionar os recursos financeiros para setores que necessitam de prioridade e impactam, diretamente, na prestação jurisdicional. O presidente reconheceu que é importante oferecer locais de trabalho adequados aos magistrados e servidores e, por isso, reformas e obras pontuais de melhoria no patrimônio não estão descartadas, “uma vez que a gestão é dinâmica e está aberta a analisar casos de urgência ou necessidade”.
Também esteve em pauta a classificação processual, movimentação e fases processuais, conforme orientação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para alinhamento das Tabelas Processuais Unificadas (TPU). Conforme esclareceu o chefe do Poder Judiciário, é de extrema necessidade alimentar corretamente o sistema – afirmação corroborada pelo juiz-auxiliar da presidência Aldo Saad Sabino de Freitas e pelo coordenador do Nupemec, Paulo César Alves das Neves.
Pessoas unidas para fazer a diferença
Diretora do Foro de Uruaçu, a juíza Geovana Mendes Baía Moisés esteve presente na reunião e afirmou que “em mais de 20 anos de magistratura, nunca havia visto reunião tão democrática como a desta quinta-feira, com participantes imbuídos em melhorar a prestação jurisdicional”. A opinião foi compartilhada pelos outros participantes, dentre eles, a juíza Vaneska da Silva Baruki, que falou sobre “o início de gestão impactante, com pessoas unidas para fazer a diferença”. (Texto: Lilian Cury - Centro de Comunicação Social do TJGO)