O presidente da Comissão de Memória e Cultura do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga, participou do encerramento da I Semana Veiga Valle. O evento, em homenagem aos 150 anos da morte do artista sacro, foi realizado entre os dias 21 e 27 de janeiro pela Venerável Irmandade do Senhor Bom Jesus dos Passos, com o apoio do Centro de Memória e Cultura do Poder Judiciário de Goiás, na antiga capital do Estado, e em Pirenópolis, cidade natal do artista.

A programação da semana incluiu missas, apresentações culturais, exposições fotográficas das obras do artista, e visita guiada ao Museu de Arte Sacra da Boa Morte, onde as obras estão expostas, além de mesa-redonda com os principais pesquisadores da vida e obra de Veiga Valle.

No sábado (27), a semana foi encerrada com missa às 19 horas, na Igreja Nossa Senhora do Rosário, com apresentação do músico erudito Fernando Cupertino, acompanhado pelo Coro da Escola do Futuro de Goiás (EFG) e pelo Coral Solo da Cidade de Goiás. Às 21h30 teve concerto do trio Ângela Barra, Heloísa Barra e Edilberto da Veiga Jardim, realizado no Instituto Biapó.


O presidente da Comissão de Memória e Cultura do TJGO, desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga, elogiou a programação do evento comemorativo do sesquicentenário de morte de Veiga Valle. “Foram apresentações artísticas e sacras primorosas, compatíveis com a grandiosidade do talento do escultor barroco e a sua significação para as artes”, frisou o desembargador ressaltando a honraria de participar do evento como presidente da Comissão de Cultura.


Último representante do barroco brasileiro do século XIX

José Joaquim da Veiga Valle (1806-1874) nasceu em Meia Ponte (Pirenópolis) e teve sua formação artística e início na política nesse local. No ano de 1841, mudou-se para a capital da província, Goiás, onde ocupou o cargo de deputado provincial por seis mandatos. No entanto, sua glória está principalmente ligada à sua produção artística, especialmente na arte sacra.

De acordo com o professor e pesquisador da vida e obra de Veiga Valle, Fernando Martins dos Santos, após a morte do artista, em 1874, Veiga Valle foi esquecido por um tempo, mas ressurgiu durante a transferência da capital para Goiânia nas décadas de 1930 e 1940. Suas obras se encontram no Museu de Arte Sacra da Boa Morte, em Goiás, e ele é agora reconhecido como o último grande representante do barroco brasileiro do século XIX.


A I Semana Veiga Valle também teve o apoio da Secretaria de Estado da Cultura,  Paróquia de Sant’Ana, Museu de Arte Sacra da Boa Morte, Casa de Cora Coralina, Instituto Biapó e Prefeitura Municipal de Goiás.

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