A comarca de Paranaiguara realizou, na quarta-feira (23), eventos durante a 8ª Semana Nacional da Justiça pela Paz em Casa. As mobilizações, promovidas no Tribunal do Júri local, visaram ampliar a efetividade da Lei Maria da Penha (Lei Federal nº 11.340/2006) por meio de julgamentos concentrados de ações relativas à violência de gênero, além de despertar, mobilizar e conscientizar a sociedade sobre a gravidade da violência contra a mulher.
A programação da 8ª Semana Nacional da Justiça Pela Paz em Casa foi aberta com o Hino Nacional Brasileiro tocado pelos músicos locais Elias Ferreira de Lima, Otávio Ferreira Soares, Moises Ferreira e Vanderlei Oliveira Amâncio. Na sequência, a juíza Maria Clara Merheb Gonçalves Andrade ministrou palestra sobre a origem da Lei Maria da Penha e a sua importância no meio social.
Segundo a magistrada, o evento teve grande importância para a comarca. “Nosso objetivo foi o de esclarecer as mulheres acerca de seus direitos. Demonstrar que hoje existem mecanismos que as protegerem contra a violência doméstica”, disse, acrescentando que foram oferecidas também oficinas de beleza exclusivas para elas. “O Poder Judiciário sempre está de portas abertas para elas”, garantiu a juíza.
Durante a programação, o oficial de Justiça Wagner Moreira Fernandes cantou o louvor Promessas. O evento contou, ainda, com a presença do padre Miguel, da Igreja Matriz, que falou sobre a necessidade de se ter paz em casa.
Jataí
O Juizado de Violência Doméstica da comarca de Jataí também realizou, na quinta-feira (24), sessões de Constelação Familiar Sistêmica, com o objetivo de trabalhar os traumas vivenciados pelas vítimas de violência doméstica. O evento também fez parte da 8ª Semana Nacional da Justiça Pela Paz em Casa.
A Constelação é uma técnica terapêutica criada pelo psicoterapeuta alemão Bert Hellinger. O método utiliza as ferramentas do psicodrama, fenomenologia, psicologia e hereditariedade para ajudar o constelado a compreender suas dificuldades pessoais. A realização do evento foi possível graças à parceria firmada entre o Juizado de Violência Doméstica e do Juizado Familiar Contra a Mulher, de Jataí, sob titularidade do juiz Rodrigo de Castro Ferreira, com a Equipe Constelar, do Espaço Pertencer.
De acordo com o magistrado, o julgador moderno deve conhecer e utilizar todos os métodos alternativos de solução de conflitos para resolvê-lo da forma mais adequada. ”As técnicas da constelação familiar já são adotadas na área de família por meio de mediações sistêmicas. Entendo ser apropriada também no Juizado de Violência Doméstica”, afirmou. Veja galeria de Paranaiguara (Texto: Weber Witt - Estagiário do Centro de Comunicação Social do TJGO)