O réu Daniel Antônio de Carvalho, de 30 anos, foi condenado a mais de 57 anos de prisão, acusado da prática de diversos crimes contra mãe e filha, como estupro, cárcere privado, homicídio e ocultação de cadáveres. A pena deverá ser cumprida na Penitenciária Odenir Guimarães, em regime inicialmente fechado, em Aparecida de Goiânia. O crime aconteceu nos dias 7 e 9 de julho de 2022, no Setor Jardim Liberdade, em Goiânia. A sessão de julgamento aconteceu no auditório do Edifício dos Tribunais do Júri de Goiânia, no Park Lozandes, sob a presidência do juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos contra a Vida e Tribunal do Júri.

O representante do Ministério Público requereu a condenação do acusado em relação a todas as imputações acusatórias. A defesa do acusado, por sua vez, requereu a absolvição sob o fundamento de ausência de prova da materialidade em relação aos delitos de estupro de vulnerável e cárcere privado, bem como a desclassificação do crime de resistência para o de desobediência. Na sequência, o Conselho de Sentença se declarou apto ao veredito, momento em que reconheceu a existência de mais de uma qualificadora. Para o juiz Jesseir Coelho, a culpabilidade deve ser considerada própria do tipo penal, e que os motivos são desfavoráveis, uma vez que foi praticado para assegurar a impunidade de outro delito, bem como as consequências dos crimes forma graves.

Crime

Conforme os autos, a vítima Jucilene Costa da Cunha vivia com o denunciado Daniel juntamente com as três filhas dela.  Na data dos fatos uma das filhas dela tinha 4 anos, a outra com 8 e a terceira com 10. Do relacionamento com Daniel, eles tiveram uma criança do sexo masculino. Num determinado dia, a vítima saiu de casa com o filho para ir ao banco, deixando as três filhas na companhia do denunciado. Neste momento, Daniel estuprou a filha mais velha de Jucilene.  Ocorreu que, ao mesmo tempo, outras duas estavam vendo desenho no celular quando Jucilene ligou pedindo para falar com Daniel, tendo ela avisado que era urgente. Quando Daniel saiu do quarto para atender ao telefone, a filha dela ouviu a irmã gritar por socorro, então, ele determinou que ela calasse a boca.

Após falar com Jucilene, Daniel levou as duas menores para outro quarto da casa, trancou a porta e voltou para o quarto dele onde se encontrava a enteada mais velha, tendo, em seguida, matado-a.  Naquele mesmo dia, quando Jucilene chegou em casa com o filho, o denunciado também a matou. Na noite do dia 12 para 13 de julho, o denunciado pediu ao comparsa Alessandro que o ajudasse na remoção dos corpos da casa onde o primeiro morava. Alessandro aceitou ajudar e, juntos, colocaram os cadáveres em um carro emprestado pela irmã do Daniel e os levaram para o município de Guapó. Em seguida, abandonou os corpos, jogaram combustível e atearam fogo neles. (Texto: Acaray Martins – Centro de Comunicação Social do TJGO) 

 

 

 

 

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