Com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da família, foi realizada na manhã desta quarta-feira (6), em Anápolis, uma caminhada para o lançamento da Bandeira da Família, símbolo que reforça valores morais e éticos.
O evento foi promovido pela Associação Cruzada pela Dignidade (ACD), em parceria com o Juizado da Infância e Juventude da cidade. Aproximadamente 1,2 mil pessoas andaram pelas principais ruas do centro de Anápolis e levaram aos moradores a mensagem de que juntos podemos transformar e melhorar a sociedade.
O juiz Carlos José Limongi Sterse, titular do juizado e idealizador da associação da qual é presidente de honra, explicou que a ação faz parte de tantas outras que são realizadas durante todo o ano pela ACD . “A ideia é se organizar, em favor da família. As pessoas respeitam bandeiras de times, por que não criar um símbolo que chama a atenção para a importância da estrutura familiar?”, destacou. “Queremos mobilizar a população para se seja realizada uma corrente em prol do bem e a melhor forma de fazer isso é mostrar que o Poder Judiciário está junto e se preocupa com a sociedade. É o tipo de iniciativa que aproxima os cidadãos da Justiça”, completou.
Ao explicar sua rotina, o magistrado lembrou que todos os dias realiza audiências em que se depara com adolescentes que roubam para comprar drogas e várias meninas com idades variadas que se prostituem. “Casos de tortura, violência doméstica e maus-tratos contra crianças fazem parte do dia a dia do juizado. Por isso, queremos formar uma grande corrente do bem para trabalharmos com estes problemas”, pontuou. De acordo com Carlos Sterse, a iniciativa do Poder Judiciário também ajuda na prevenção, já que muitos problemas em decorrência da falta de estrutura familiar terminam na Justiça.
Vários segmentos da sociedade participaram da ação, como igrejas, centros espíritas, maçonaria, clubes de serviços (Rotary), além dos poderes Legislativo e Executivo, OAB, conselho tutelar, casas de recuperação, estudantes e professores de escolas municipais, estaduais e particulares.
“A minhfamíla está me ajudando a deixar as drogas”, desabafou o auxiliar de serviços gerais Dione Pereira Lima, 32 anos. Ainda em tratamento, Dione garante que se recupera por causa do apoio de sua família, que teve a iniciativa de buscar ajuda para abandonar o vício do crack. “Estava numa situação deplorável, abandonei as pessoas que estavam do meu lado. Queria ficar sozinho, no mundo das drogas”, afirmou. “Hoje sinto orgulho de ter tido uma família que me acolheu novamente, por isso, falo sem medo que os familiares são fundamentais para essa ajuda. Quem não é amparado pela família se torna mais vulnerável a fazer besteira”, finalizou.
A história se repete com o corretor Rodrigo Roriz, 36 anos, que há mais de um ano abandonou as drogas e só foi possível graças ao apoio de família. “Família é tudo na vida de uma pessoa, sem ela a gente perde o chão”, afirmou. (Texto: Arianne Lopes / Fotos: Hernany César - Centro de Comunicação Social do TJGO)