Por designação do presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), desembargador Carlos França, a secretária de Sustentabilidade do TJGO, Raquel Antonini, apresentou painel sobre o projeto de sustentabilidade do Raízes Kalunga durante a 1ª Conferência Internacional para a Sustentabilidade do Poder Judiciário, promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e realizada no auditório do Conselho da Justiça Federal (CJF), em Brasília (DF), nos últimos dias 23 e 24 deste mês.
A conferência reúne especialistas para debater os temas que compõem o conceito ESG (da sigla em inglês, Environmental, Social and Governance/ em português: Ambiental, Social e Governança), aplicados no Judiciário brasileiro. Entre outras autoridades, compareceram o presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, e o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do CJF, ministro Herman Benjamin. Durante o evento, foram apresentadas 24 boas práticas, originárias de diversos órgãos do sistema de justiça, que já podem ser acessadas no Portal do CNJ.
Em seu painel, Raquel Antonini lembrou que, no território Kalunga, existe 83% de Cerrado nativo preservado, em comparação com o restante do Brasil, com 48%. “Fica evidente a importância dessa comunidade para a sustentabilidade, sem falar da dívida histórica que temos com o povo quilombola. Assim, ao abraçar a luta contra o racismo ambiental – que ocorre quando as comunidades tradicionais sofrem desproporcionalmente com os impactos ambientais e a falta de infraestrutura básica – o projeto contribui para uma justiça ambiental mais equitativa, respeitando a cultura de um povo que vive em harmonia com o bioma Cerrado há mais de 200 anos”.
Raquel Antonini destacou, ainda, que ao integrar uma agenda de inclusão em suas iniciativas, o TJGO busca, com o Projeto Raízes, reduzir desigualdades e facilitar o acesso à justiça ao promover iniciativas inovadoras para a proteção dos direitos das populações marginalizadas.