Violência doméstica, racismo e preconceito foram alguns dos assuntos abordados na roda de conversa intitulada “A Voz das Mulheres”, promovida pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), na última quinta-feira (17), segundo dia de programação da instalação do Ponto de Inclusão Digital (PID), na comunidade de Araras, município de Faina. O PID foi inaugurado na quarta-feira (16) pelo presidente do TJGO, desembargador Carlos França, e pelo corregedor-geral da Justiça do Estado de Goiás, desembargador Leandro Crispim.
As servidoras Morgana Santos e Mara Cristina, da Coordenadoria da Mulher do TJGO, orientaram sobre os tipos de violência contra as mulheres previstas na Lei Maria da Penha, a importância de denunciar os agressores, os canais de denúncia, além de assuntos como racismo e preconceito. Na oportunidade, foi exibido o vídeo institucional da Campanha a Penha Vai Valer.
De acordo com a assistente social Morgana Santos, as rodas de conversa são uma estratégia para aproximar das mulheres. “Abordamos temas do cotidiano delas, como os desafios enfrentados diante do machismo, racismo e as diversas formas de preconceito, questões que, para muitas, acabam em situações de violência. Então, reforçamos a importância de unir esforços para que as mulheres possam viver num mundo sem violência ”, informou.
A dona de casa Cláudia Sebastiana Jardim da Cunha (foto acima) gostou da iniciativa. “Foi muito gratificante participar dessa roda de conversa. É importante ter esse tempo para a gente trocar experiências, conversar, aprender mais, falar sobre diversos assuntos que fazem parte do nosso dia a dia. Gostei muito e espero que essas ações aconteçam mais vezes”.
Ações de cidadania
Além da roda de conversa, a programação desta quinta-feira (17) contou com ações de cidadania, como a emissão de documentos.A dona de casa Josefa Maria Dantas, de 59 anos, moradora da região, aproveitou a ação do TJGO e parceiros para solicitar a segunda via da carteira de identidade. “Gostei demais desses serviços chegarem para a nossa comunidade. É difícil pra gente, que moramos na região, conseguir esse tipo de benefício porque aqui é muito distante da cidade. Fiquei feliz quando soube que poderia fazer aqui pertinho de casa”.
A doméstica Tatiane Ferreira da Silva Bueno, 24 anos, que mora em Matrinchã, também solicitou a carteira de identidade. “Achei muito bom o Poder Judiciário trazer esses serviços até nós. O atendimento foi rápido e muito bom. Agora, é só esperar o documento”, comemorou.
Sobre o PID Araras
O Ponto de Inclusão Digital (PID) da comunidade de Araras funciona na Escola Municipal Bruno Freire de Andrade, e oferece serviços essenciais como, audiências e consultas processuais, facilitando o acesso ao sistema judiciário aos moradores da região. (Texto: Karinthia Wanderley - Centro de Comunicação Social)