O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), por meio da Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão, e a Escola Judicial (EJUG) realizaram, nesta segunda-feira (14), uma palestra virtual sobre doenças raras, com foco na conscientização e no compartilhamento de conhecimentos sobre o tema, como parte do ciclo de palestras "Todos por Todos", e, nesta edição, contou com a participação do médico e especialista em Genética Médica, Raffael Zatarin, formado pela Escola Superior de Ciências da Saúde do Distrito Federal (ESCS-DF). A transmissão foi realizada de forma interativa, através das plataformas Zoom e YouTube.
Direcionada a servidores, magistrados e ao público externo, a palestra abordou aspectos fundamentais das doenças raras, incluindo conceitos, diagnósticos, tratamentos e doenças como a Xeroderma Pigmentosa. “Trazemos aqui uma visão atualizada sobre Genética Médica, heranças, doenças, prevalência e outras situações. 80% das doenças raras são de origem genética. É necessário entender que doença que não tem cura não significa dizer que não tenha tratamento.”, explicou o especialista Raffael Zatarin.
“Por muitas vezes, iremos propor ao paciente o melhor tratamento, mesmo que não esteja disponível no serviço público. O foco será sempre cuidar desse paciente. As orientações são fundamentais para que, por exemplo, entendamos que nem toda mutação necessariamente traz carga para a doença”, afirmou o palestrante.
“Doenças Raras é um assunto pouco explorado e com poucos médicos especialistas atuando. São doenças com custos altos em seus tratamentos e, para o magistrado, os casos já chegam ao nosso conhecimento quando está sendo judicializado. É um esforço para termos domínio diante do impacto da saúde no paciente, na família e de pessoas próximas”, explicou a presidente da Comissão de Inclusão e Acessibilidade do TJGO, juíza Priscila Lopes da Silveira.
O mediador da palestra e também integrante da Comissão Permanente de Acessibilidade do TJGO, juiz Heron José Castro Veiga, pontuou algumas questões. “É importante partirmos para a ação no sentido de buscar informações, em especial, para melhor lidar com o tema. O conhecimento é para garantir inclusão e trazer ao paciente um tratamento mais adequado. Precisamos estreitar cada vez mais a relação do Poder Judiciário com a comunidade médica”, destacou o magistrado.