Os réus Daniel Antônio de Carvalho, de 30 anos, e Alessandro Pereira Michel, de 37 anos, vão à júri popular nesta terça-feira (8). O denunciado Daniel Antônio é acusado de matar a ex-companheira Jucilene Costa da Cunha, e estuprar a filha da vítima, à época com 10 anos, enquanto Alessandro Pereira é acusado de ocultar os corpos das duas no município de Guapó. O crime aconteceu nos dias 7 e 9 de julho de 2022, no Setor Jardim Liberdade, em Goiânia. A sessão de julgamento ocorrerá, a partir das 8h30, no auditório do edifício dos Tribunais do Júri de Goiânia, no Park Lozandes, sob a presidência do juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos contra a Vida e Tribunal do Júri.

Conforme os autos, a vítima Jucilene Costa vivia com o denunciado Daniel juntamente com as três filhas dela.  Na data dos fatos uma das filhas dela tinha 4 anos, a outra com 8 e a terceira com 10. Do relacionamento com Daniel, eles tiveram uma criança do sexo masculino. Num determinado dia, a vítima saiu de casa com o filho para ir ao banco, deixando as três filhas na companhia do denunciado Daniel no imóvel onde moravam. Neste momento, Daniel estuprou a filha mais velha de Jucilene.  Ocorreu que, ao mesmo tempo, outras duas estavam vendo desenho no celular quando Jucilene ligou pedindo para falar com Daniel, tendo ela avisado que era urgente. Quando Daniel saiu do quarto para atender ao telefone, a filha dela ouviu a irmã gritar por socorro, então, ele determinou que ela calasse a boca.

Após falar com Jucilene, Daniel levou as duas menores para outro quarto da casa, trancou a porta e voltou para o quarto dele onde se encontrava a enteada mais velha, tendo, em seguida, matado mediante esganadura, usando as próprias mãos. Naquele mesmo dia, quando Jucilene chegou em casa com o filho, o denunciado também a matou. No mesmo dia em que as vítimas foram assassinadas, Daniel colocou o filho de 2 anos no mesmo quarto onde se encontrava as enteadas, e, no dia seguinte, levou o menino para a avó paterna.

Na noite do dia 12 para 13 de julho, o denunciado pediu ao comparsa Alessandro que o ajudasse na remoção dos corpos da casa onde o primeiro morava. Alessandro aceitou ajudar e, juntos, colocaram os cadáveres em um carro emprestado pela irmã do Daniel e os levaram para o município de Guapó. Em seguida, abandonou os corpos, jogaram combustível e atearam fogo neles. (Texto: Acaray Martins – Centro de Comunicação Social do TJGO)  

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