A Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ) do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) encerrou, na quinta-feira (3), as atividades desenvolvidas no município de Cavalcante. Nesta última etapa, cerca de 100 crianças e adolescentes da Escola Joselina Francisco Maia, localizada no Engenho II, receberam orientações das integrantes da CIJ, Carla de Paiva Rodrigues e Fabiola Aurélio Costa, quando abordaram tema relacionado ao enfrentamento ao abuso e à exploração sexual contra crianças e adolescentes. A iniciativa faz parte do projeto Raízes Kalungas, idealizado pelo presidente do TJGO, desembargador Carlos França.
No período da manhã, alunos com idade entre 8 e 11 anos acompanharam as explicações sobre a temática com as servidoras do TJGO sobre os crimes cometidos contra crianças. Carla de Paiva compartilhou informações sobre como evitar o abuso, bem como das medidas que podem ser aplicadas quando há violação dos direitos das crianças e adolescentes. “Ninguém pode tocar no seu corpo, a não ser a mãe de vocês. É preciso ficar atenta”, frisou a profissional.
Vídeo educativo
Os estudantes também, acompanharam a ação temática no período da tarde, quando assistiram a um vídeo educativo que reforça a prevenção quanto ao abuso sexual. “Com esse vídeo autoexplicativo, é possível obter informação para que as crianças aprendam a estabelecer limites nas relações com outras crianças e com adultos, identificando toques que são legais de receber. Fora isso, o vídeo empodera crianças e adolescentes a denunciarem situações de violação de direitos”, pontuou a servidora Fabiola Aurélio Costa.
Uma das adolescentes que participou da palestra apresentada pela CIJ foi Lucineide Francisco dos Santos, de 14 anos. A estudante contou que falar sobre a temática ajuda a fortalecer as possíveis consequências e traumas gerados em crianças e adolescentes. “O vídeo é explicativo. Essa ação é fundamental para nós, estudantes”, ressaltou ela. Joelson Maia, de 16 anos, falou que mais ações precisam ser feitas para prevenir abuso sexual. “Precisamos ficar atentos, inclusive nas redes sociais, já que muitos pedófilos podem se passar por amigos”, acrescentou.
A professora da Escola Joselina Francisco Maia, Natália de Freitas, comentou que a ação é fundamental para dar esse olhar à sociedade. “Antes, nós éramos excluídos da sociedade, e, a partir deste evento, mostra que somos parte e que temos os mesmos direitos daqueles que têm acesso”, afirmou. Ela também contou que vem trabalhando na escola sobre os direitos das crianças e adolescentes, "já que a comunidade no passado teve casos de abuso de crianças", frisou. A programação incluiu também a distribuição de cartilha informativa e um marca página que mostra o dia nacional de combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. A data foi instituída pela Lei nº 9.970/2000, em memória ao caso Araceli, que chocou o país em 1973. Veja galeria (Texto e fotos: Acaray Martins – Centro de Comunicação Social do TJGO)