A Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ) do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), tendo à frente a  juíza Sarah de Carvalho Nocrato, da comarca de Águas Lindas de Goiás, e as integrantes da CIJ, Carla de Paiva Rodrigues e Fabiola Aurélio Costa, deu início, na manhã desta terça-feira (1º), às ações que serão desenvolvidas em Cavalcante de Goiás até a próxima sexta-feira (4), como parte do Projeto Raízes Kalungas, idealizado pelo presidente do TJGO, desembargador Carlos França, Na oportunidade, foram realizadas a capacitação dos responsáveis pela rede de proteção na cidade, como também a discussão da implantação do fluxo de atendimento às crianças e aos adolescentes que denunciam casos de abuso ou exploração sexual.

O evento foi realizado na Igreja Memorial Batista, na Vila Morro Encantado, em Cavalcante. Na abertura, a juíza Sarah de Carvalho agradeceu pelo convite em participar das ações em Cavalcante, e destacou que o diálogo entre os órgãos que compõem a rede de proteção à criança e ao adolescente é essencial para a constatação dos problemas enfrentados na localidade e na construção conjunta das soluções, "considerando que a efetiva proteção somente será possível através da atuação eficaz e harmoniosa de todos os integrantes da rede de proteção", frisou a magistrada. Ainda segundo ela, a iniciativa do TJGO e da Coordenadoria da Infância é fundamental para difundir o conhecimento e alinhar o fluxo de atendimento.

A escrivã de Polícia Civil, Lumaele Ramos (foto acima), ressaltou a importância da iniciativa, já que a sugestão de capacitação possibilitará dar maior qualidade e prestar melhor o serviço para a comunidade. Comentou, ainda, que é por meio da capacitação que a rede de proteção poderá oferecer maior segurança para que crianças e adolescentes possam ter mais confiança em denunciar. “Os casos estão aumentando, mas queremos diminuir o número de abusos”.

O presidente do Conselho Tutelar em Cavalcante, Joeson Barbosa (foto abaixo), por sua vez, disse que a ação desempenhada é fundamental para o aperfeiçoamento dos profissionais, uma vez que os conselheiros tutelares podem tirar dúvida ou mesmo oferecer o melhor encaminhamento dos casos. “É a partir daqui que saberemos encaminhar para o órgão público competente”, pontuou.

Depoimento especial

No encontro, as integrantes da Coordenadoria da Infância e Juventude abordaram sobre a necessidade em se discutir sobre a temática, além de oferecer sugestão para a criação e a implantação de um fluxo de atendimento às crianças e aos adolescentes, bem como na divulgação dos canais de apoio da CIJ. Na oportunidade, a servidora Carla Paiva (foto abaixo) comentou sobre os tipos de violências, destacando a importância do depoimento especial de crianças, preferencialmente que elas sejam ouvidas na presença de um profissional capacitado. “O curso é oferecido pelo TJGO por meio da Corregedoria da Justiça. Precisamos ter esse olhar em ouvir essa criança, garantindo as medidas de proteção de crianças e adolescentes. Temos que resguardar essa criança para que ela não fique repetindo ou relembrando sobre o caso de abuso”, frisou.

Na sequência, Sarah de Carvalho deu continuidade à capacitação, destacando ainda mais o acompanhamento profissional e psicólogo de crianças e adolescentes, bem como a respeito das medidas protetivas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “Todo o depoimento tem uma dinâmica que serve como prova”, comentou. Na ocasião, cada responsável da rede de proteção relatou sobre os casos de violência contra crianças e adolescentes, que receberam por meio de denúncias.

Fluxo de atendimento

Ainda como parte do evento, as integrantes da Coordenadoria da Infância e Juventude promoveram uma dinâmica, mostrando como as crianças se sentem ao serem questionadas sobre os abusos sofridos. Ao dar continuidade à capacitação, a servidora Fabiola Aurélio Costa apresentou sete tópicos de sugestões de como a rede pode criar o fluxo de atendimento para dar apoio às crianças e adolescentes. Neste fluxo, consta o recebimento da denúncia; a notificação e registro com os protocolos claros e confidencialidade; o encaminhamento como os serviços de apoio, a notificação às autoridades; o trabalho em rede como a interação e a capacitação; o acompanhamento como o monitoramento, feedback como as reuniões e o estudo de casos; a prevenção e a educação como os programas de conscientização e as campanhas de sensibilização e, por fim, o empoderamento da vítima como o fortalecimento do suporte e o respeito às vozes.

Canais de atendimento

No encerramento, foram distribuídas cartilhas da Coordenadoria da Infância e Juventude do TJGO, bem como dos canais de divulgação da CIJ, contando o telefone 62-32162064; whatsapp 62-932162055; e o e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. Veja galeria (Texto, fotos e vídeo: Acaray Martins - Centro de Comunicação Social do TJGO)

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