O Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) e a Associação de Terapia Familiar do Estado de Goiás (Atfago) realizaram na manhã desta segunda-feira (2) mais uma Oficina de Parentalidade. O encontro aconteceu no salão nobre da Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) e teve a participação presencial e virtual de pais, responsáveis e também de estudantes dos cursos de Direito e Psicologia de universidades parceiras. A oficina acontece todas as primeiras segundas-feiras do mês no horário de 8 às 12h no palácio do Judiciário.

Para a presidente da Atfago, Eliane Pelles, a Oficina de Parentalidade é um momento de trocar ideias e ampliar informações sobre a cultura de paz. “O público-alvo são pais, pai e mãe, que muitas vezes estão vivenciando um divórcio e são encaminhados pelas Varas de Família. Mas também temos tido participação de pessoas encaminhadas pelos advogados, educadores, estagiários, principalmente das disciplinas de terapia familiar, condução da psicologia e da psicologia jurídica e também alunos do direito”, revelou a presidente.

Pelles destacou que “há um fenômeno, às vezes mal compreendido, que é a alienação parental. Precisamos entender a importância de conversar sobre isso. O quanto isso afeta os filhos e o quanto é prejudicial para todas as famílias. Precisamos pensar assim, quem se separou? Porque o que não existe mais é um casamento, o relacionamento entre pai e mãe, pai e pai, mãe e mãe. O filho continua tendo mãe, pai, avôs, irmãos, continua tendo os parentes. E muitas vezes lidamos com pessoas com dificuldade de entender que os filhos não podem ser privados das famílias. É preciso prezar por uma comunicação respeitosa e não violenta”, explicou.

Diferenças 


A palestrante Pytia Kalita destacou que o momento é de ressignificar comportamentos. “É uma recomendação do CNJ para que, por meio dos Núcleos Permanentes, as oficinas de parentalidade tragam políticas públicas como prevenção dos conflitos familiares. É discutir comportamentos conflituosos entre o ex-casal, que deixa de ser casal, mas precisa trazer à tona a cultura de paz. É refletir sobre as formas de lidar com o possível rompimento de um relacionamento. Transformar a cultura do litígio em uma cultura de paz, mesmo entendendo que os conflitos são inerentes à nossa vida. É encontrar nas diferenças pontos positivos e ver um caminho para aprender”, falou.


Conhecimento 

A distância com os netos motivou a advogada Delma Maria Fernandes a buscar a Oficina. “Os advogados que estão com o processo me aconselharam a vir na Oficina. Cada vez que a gente aprende alguma coisa diferente, contribui para o dia-a-dia da gente. Estou na luta para ver meus netos. Não quero guarda compartilhada, não quero nada, só o direito de ver meus netos, de amar meus netos, só isso, só de amar. Estou há quase dois anos sem os ver. Então ter mais conhecimento da situação para enfrentar esse processo doloroso. Foi o caminho que encontrei: me informar, lutar e nunca desistir.”, desabafou a advogada Delma Maria, que luta para ver os netos.

Já o estudante de Direito, Danilo Ribeiro, entende que informação traz algo de positivo para ser colocado em prática. “Estou no 8º período do curso de Direito e acredito que é muito importante a gente associar aquilo que aprendemos dentro de sala e colocar na realidade. A palestra é importante porque é uma maneira diferente de pensar. Aprender tendo experiência. Um local de debater e refletir. Precisamos aproveitar e levar a teoria para a prática”, revelou o estudante que deverá atuar na área de Família. (Texto: Karineia Cruz/fotos: Acaray Martins - Centro de Comunicação Social do TJGO)

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