Em audiência presidida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, na 1ª Vara Criminal de Goiânia, nesta quinta-feira (11), a moradora de rua Maria de Lourdes Pessoa Lira negou ter assassinado Ingrid Campos Araújo.

Ela disse que chegou ao local e viu a vítima caída desfalecida e chamou a polícia. Alegou não ser moradora de rua, situação que vive apenas quando usa drogas. Justificou, ainda, que não houve briga entre ela e a vítima em acerto de contas por causa de entorpecentes.

Segundo Lurdinha, ela só confessou a autoria no inquérito policial por pressão exercida pelo delegado. Também foram ouvidos dois policiais militares responsáveis pela prisão de Lurdinha. Outras duas testemunhas que seriam inquiridas, foram dispensadas pelo Ministério Público e pela defesa.

Na audiência, o juiz deferiu o pedido feito pelo defensor, solicitando a realização de exame de sanidade mental de Lurdinha. Mesmo com a discordância ministerial, Jesseir acatou o pedido para não ser alegado, depois, o cerceamento de defesa, o que poderia provocar nulidade processal. O feito deve ficar paralisado até a realização do exame pela junta médica oficial do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO).

Entenda o caso

O crime foi cometido no dia 7 de novembro, por volta de 3 horas, na Rua 217, Jardim Dom Fernando I, na capital. Lurdinha teria matado a moradora de rua Ingrid Campos Araújo, por causa de uma dívida de drogas, com seis facadas.

Lurdinha era conhecida na região pela prática de corriqueiros delitos cometidos para sustentar o vício, bem como por ter ateado fogo no ex-companheiro, Antônio Carlos. O caso está entre os 28 assassinatos de moradores de rua ocorridos em Goiânia nos últimos meses. (Texto: Lorraine Vilela - estagiária do Centro de Comunicação Social do TJGO)

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