O juiz da 1ª Vara Criminal de Goiânia, Jesseir Coelho de Alcântara, decidiu não levar a júri popular, por falta de provas que os envolvam no caso, Laion Victor Bispo Dias e Evandro Rodrigues Cavalcante, acusados da morte de Lucas Arantes Silva de Moraes, torcedor do Vila Nova.

A denúncia narra que a vítima Lucas Arantes estava sentado em sua moto estacionada ao lado do terminal Goiânia Viva quando foi avistada por Rodrigo Rodrigues de Souza e Laion Victor, que haviam saído de um jogo de Goiás e Vila Nova, no estádio Serra Dourada. Evandro Rodrigues Cavalcante, ex-presidente da torcida Força Jovem Goiás, teria encomendado a morte de Lucas aos dois, que aproveitaram a ocasião para desferir cinco tiros na vítima, que morreu no local. A morte de Lucas foi uma mistura de crime passional com briga de torcidas organizadas, pois o jovem era torcedor do Vila Nova e namorou a filha de Evandro, que não aceitava o envolvimento dla com um torcedor do time adversário, principalmente se fosse filiado a uma torcida rival.

Durante a investigação do caso, Rodrigo foi morto ao se envolver em outra briga entre torcidas organizadas rivais e teve sua culpa extinta. Apesar de Laion ter acompanhado o jovem durante a execução de Lucas, não há provas concretas de que ele participou da ação, bem como, também não tem vestígios suficientes de que Evandro foi o mandante e que tenha fornecido a arma usada no crime. Por conta disso, o juiz Jesseir Coelho, atendendo o Código Penal Brasileiro ( Art. 414: Não se convencendo da materialidade do fato ou da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, o juiz, fundamentadamente, impronunciará o acusado), entendeu que o julgamento não se enquadra na modalidade de júri popular.

Mortes
Lucas Arantes e Rodrigo Rodrigues não são as únicas vítimas envolvidas nessa história. Rodrigo era apontado como autor de dois homicídios a torcedores vilanovenses e estava com Pâmela Munike Volpato, torcedora do Goiás, quando a jovem foi assassinada com um tiro na cabeça por torcedores rivais em novembro de 2011.

Rodrigo também era acusado de matar Henrique Pereira Soares, integrante da Torcida Sangue Colorado. Segundo testemunhas desse caso, Rodrigo chegou acompanhado de Wallisson Nogueira Teixeira, então namorado de Pâmela, e atirou contra a vítima. A morte de Henrique seria a vingança pela morte da jovem esmeraldina. Segundo a polícia, após o crime, Wallisson teria sido visto no Serra Dourada segurando um caixão com as iniciais L.A., que se referiam a Lucas Arantes. Ameaça cumprida em junho de 2012. (Texto: Jovana Torres – estagiária do Centro de Comunicação Social do TJGO)

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