Diminuir o tempo de tramitação processual nas unidades judiciárias do Estado, otimizar o andamento das ações entre as escrivanias e os gabinetes e, consequentemente, proporcionar aos usuários da Justiça maior celeridade e eficiência na prestação jurisdicional. Essas são algumas das vantagens do sistema de leitura óptica implantado na tarde desta segunda-feira (18), no fórum de Aparecida de Goiânia, primeira comarca do interior a ser beneficiada com esse procedimento.
A ação é da Corregedoria-Geral da Justiça de Goiás (CGJGO) e o evento foi promovido pela juíza Stefane Fiúza Cançado, diretora do Foro local. O sistema consiste na confecção de uma etiqueta adesiva afixada na capa do processo, no qual se insere, através de uma impressora térmica, um código de barras relativo ao número do protocolo do processo. O leitor óptico passar a ler o código, facilitando, assim, a operação para o manuseio do sistema e tornando a leitura do processo instantânea. Serão implantados dois leitores ópticos em cada vara judicial de Aparecida de Goiânia, um destinado o gabinete e outro à escrivania.
Representando a CGJGO, o juiz-auxiliar Antônio Cézar Pereira Menezes, ressaltou que a iniciativa dá cumprimento à Meta 19 do Plano de Gestão da Corregedoria, que dispõe sobre a implantação do sistema de leitura óptica nas comarcas com autuação mensal aproximada a 150 processos, até fevereiro de 2014. No total, conforme explica o magistrado, até o próximo ano 29 comarcas já contarão com essa tecnologia eletrônica. “Ao assegurar a celeridade processual essa ferramenta visa a satisfação dos jurisdicionados, advogados e até dos servidores, que perdem muito tempo digitando números de processos”, frisou.
Já a juíza Stefane Fiúza, explicou que dos 71 mil processos em andamento na comarca, 54 mil são físicos e os outros 17 mil do Processo Judicial Digital (Projudi). “Desse total de processos 76% ainda são de papel. Para a protocolização de cada ato processual era preciso digitar 12 números seguidos e agora isso é passado. Esse é um avanço rumo à modernização do Judiciário e uma vitória para todos nós, sobretudo para os cidadãos”, acentuou.
Outro aspecto positivo apontado pela diretora do Foro local com a implementação do novo sistema é a prevenção de doenças ocupacionais como a LER (Lesão por Esforços Repetitivos). “Além de reduzir o tempo do trâmite processual, a leitura óptica ajuda a evitar doenças causadas por esforços repetitivos, uma vez que o servidor tem que digitar várias vezes uma série de números”, observou.
A partir do dia 4 de março, o projeto se estende à comarca de Anápolis. Na sequência, abrangerá Caldas Novas, Catalão, Ceres, Cidade Ocidental, Cristalina, Ipameri, Iporá, Itaberaí, Itumbiara, Jaraguá, Jussara, Jataí, Luziânia, Minaçu, Morrinhos, Niquelândia, Novo Gama, Palmeiras de Goiás, Pirenópolis, Planaltina, Porangatu, Crixás, Formosa, Goianésia, Cidade de Goiás, Goiatuba e Inhumas.
Prestigiou a solenidade o juiz Gilmar Luiz Coelho, presidente da Associação dos Magistrados de Goiás (Asmego), que teve participação ativa para sensibilização culminante na materialização do projeto. Também esteve presente o advogado Rhaniery Ferreira da Silva, representando a subseção da OAB de Aparecida de Goiânia. (Texto: Myrelle Motta - Assessoria de Imprensa da Corregedoria-Geral da Justiça de Goiás/Fotos: Wagner Soares - CCS)