Sob a presidência da juíza Carmecy Rosa Maria Alves de Oliveira, o 1º Tribunal do Júri de Goiânia condenou, no início da noite desta quinta-feira (8), o pintor Walisson Nogueira Teixeira a 13 anos e 7 meses de prisão, em regime inicialmente fechado, pela morte do cabeleireiro Henrique Pereira Soares, torcedor do time Vila Nova e membro da torcida organizada ‘Sangue Colorado”.

O réu, conhecido como “Zóião”, torcedor do Goiás e integrante da torcida “Força Jovem”, foi condenado ainda pelo crime de lesão corporal contra o amigo da vítima, o fiscal de obra, Lucas Henrique Silva Dias. A pena deverá ser cumprida na Penitenciária Odenir Guimarães, antigo Cepaigo.

Ao analisar a dosagem das penas impostas a Walisson tanto com relação a Henrique quanto a Lucas, Carmecy Rosa avaliou o grau de culpabilidade e entendeu que não existe a “menor dúvida” sobre sua conduta reprovável. Também deixou claro que os motivos e as circunstâncias envolvem grupos rivais de torcedores de times de futebol. O crime ocorreu em 1º de janeiro deste ano, por volta de 0h30, no Bar Panorâmico, no Setor Perim, em Goiânia.

De acordo com o Ministério Público de Goiás (MP-GO), Henrique e Lucas estavam no estabelecimento em companhia de dois amigos para comemorar o reveillon. Em determinado momento, eles se dirigiram para fora do bar com o intuito de assistir a queima de fogos de artifício. Ao retornarem, segundo a denúncia, o pintor comentou com os amigos que tinha visto o réu acompanhado de um colega e que eles o encararam. Em seguida, Walisson foi para a área externa, próximo ao local onde estavam os carros de som automotivo, e encostou o revólver no tórax de Henrique. Então, afastou-se um pouco efetuou o primeiro disparo, que foi certeiro, e depois distanciou-se atirando novamente várias vezes.

Na sequência, Lucas empurrou Henrique e outra amiga, que estavam ao seu lado, para que não fossem alvejados. No entanto, um dos tiros atingiu seu braço. O colega de Walisson também atirou em Henrique, mas o revólver falhou e ele não foi atingido. Logo após o crime, o réu e seu amigo saíram do local gritando “Força Jovem”, confirmando, antes de irem embora, se a vítima estava de fato ferida. Após fugirem do local, levando a arma utilizada, Henrique foi socorrido pelos amigos e foi colocado em um carro, que acabou colidindo a caminho do hospital. Dessa forma, a vítima acabou sendo atendida pelo Samu, mas não resistiu e morreu algumas horas depois. Além da rixa, conforme relatado nos autos, o assassinato da namorada de Walisson, supostamente morta por um membro do Sangue Colorado e cujo principal suspeito era Henrique, teria culminado no crime. (Texto: Myrelle Motta - Centro de Comunicação Social do TJGO)

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