Ao ser ouvido pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 1ª Vara Criminal de Goiânia, em audiência de instrução realizada nesta quarta-feira (31), o mecânico Luiz Guilherme Elias Cavalcante, acusado de matar o pai Luiz Gonzaga de Sousa Cavalcante e a namorada Laiz Santiago Rodrigues, em 26 de agosto deste ano, afirmou que não pertence a gangue MS13 e não se lembra dos crimes.

Em seu depoimento, ele disse que tem tatuagens por hobby e que não se recorda de nada  relativo ao dia do fato porque estava drogado e embriagado. Declarou ainda que não tinha intenção de matar o pai, que o relacionamento de ambos era bom e só tomou conhecimento da sua morte após ser avisado e ter visto as fotos.

Além do acusado, foram ouvidos Leonardo Vinícius Camargo Lopes - por parte do Ministério Público de Goiás (MP-GO) - Cileide Borges Arantes, Ilusca Meireles Arantes e Michelle Pereira - arroladas pela defesa. A partir de agora, o magistrado aguarda a juntada de alguns laudos para que os autos sejam encaminhados ao Ministério Público de Goiás (MP-GO), que se manifestará sobre o caso. Em seguida, a defesa deverá abrir vista do processo. Somente após esses procedimentos, o juiz decidirá se o acusado irá ou não a júri popular.      

Anteriormente, quando prestou declarações ao magistrado, Ana Paula Mandly, mãe de Laiz Santiago, acusou Luiz Guilherme de ser membro da gangue MS13, cuja marca registrada dos componentes são as tatuagens e uso de drogas. O ritual de iniciação, de acordo com ela, era a necessidade de executar pessoas e logo, em seguida, tatuar o pescoço. Segundo Ana Paula, o acusado não tem trabalho, conheceu e matou sua filha  em 23 dias, além de enviar para ela mensagens com conteúdo ofensivo. (Texto: Lorraine Vilela - Centro de Comunicação Social do TJGO)

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