Em mais uma ação de enfrentamento à violência de gênero, o presidente da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar e de Execução Penal do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga, firmou apoio ao projeto Direitos Humanos e Gênero nas Escolas. 

A iniciativa é promovida pela Superintendência da Mulher e Igualdade Racial, a seccional goiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO) e Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte (Seduc).
A adesão do TJGO ao projeto foi acordada nesta quarta-feira (24) durante encontro com a superintendente executiva da Mulher e da Igualdade Racial, Gláucia Maria Teodoro Reis, e a representante da comissão da Mulher Advogada da OAB-GO, Marília Ferreira Guedes Vecci.

“Manifesto meu integral apoio a esta iniciativa. O TJGO disponibilizará toda a estrutura necessária para a efetiva instalação desse projeto. Concitamos os magistrados que abram os espaços, que se façam presentes e divulguem esse projeto, pois com sua implementação vamos ter grandes conquistas na área da não violência de gênero”, afirmou o desembargador.

O objetivo do projeto é promover, dentro das escolas, reflexões sobre desigualdade racial e social, violência de gênero e bullying. “Em termos de produção legislativa nós já temos leis quase totalmente suficientes para permitir a igualdade. Agora, é mais um processo de trabalho de conscientização da sociedade, tanto no âmbito masculino quanto feminino, já que muitas mulheres ainda não conhecem a amplitude da discriminação e do direito”, explica Marília Vecci. “São temas delicados, sensíveis e a OAB vai trabalhar com o devido cuidado, respeitando a sensibilidade”, ressaltou.

Segundo a superintendente da Mulher e Igualdade Racial, Gláucia Teodoro Reis, o projeto terá início com uma capacitação, promovida por mulheres advogadas, de professores da rede estadual de ensino. A efetiva aplicação de debates e cartilhas nas escolas deverá começar no próximo ano letivo em cinco municípios goianos: Goiânia, Anápolis, Jataí, Porangatu, Itumbiara e Rio Verde. “É um primeiro passo para nos próximos anos a gente avançar a muitos outros municípios com o objetivo de reduzir esse grave e triste quadro de violência doméstica e violência contra as pessoas mais vulneráveis da sociedade”, afirmou. (Texto: Luísa Gomes/Foto: Hernany César – Centro de Comunicação Social)

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