Com o tema Ética Profissional, Hierarquia e Relações Interprofissionais, o doutor em História Leandro Karnal encerrou, na última quarta-feira (2), o 2º Encontro das Equipes Interprofissionais, realizado pela Corregedoria Geral da Justiça de Goiás (CGJGO), no auditório do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), localizado no Setor Oeste.
Na palestra foi abordada a tese do sociólogo Zygmunt Bauman, do mundo líquido e sem limites passando pela rápida obsolescência dos objetos, como o celular, considerado uma das marcas da modernidade, além da atomização do foco da comunicação e sua síntese, a dependência tecnológica e a grande ética. Karnal também citou o quadro político atual para mostrar o naufrágio ético nos órgãos de poder e o servidor público como símbolo da lei, de transformação social, da missão, da possibilidade de nação e de valor.
"É importante pensarmos na responsabilidade de cada um no processo de transformação. Nós, como servidores, temos responsabilidade do nosso próprio ambiente de trabalho como agentes provocadores de mudanças. Nós constituímos o poder público e não podemos esperar que outro alguém resolva nossos próprios problemas", pontua a psicóloga Ana Paula Xavier, da Secretaria Interprofissional Forense.
A palestra reuniu servidores do Poder Judiciário de todo o Estado de Goiás que integram as equipes interprofissionais compostas de psicólogos, assistentes sociais e pedagogos. “É uma grande iniciativa da Corregedoria para um Poder Judiciário mais ético, passando por essa atividade de autoavaliação crítica e de transformação social. O passo que demos aqui hoje com essa palestra é para uma sociedade mais justa e menos preconceituosa”, pontua Leandro Karnal.
O juiz auxiliar da Corregedoria Geral da Justiça de Goiás, Ronnie Paes Sandre, fez a abertura da palestra e citou o historiador como uma das referências no estudo da ética no País. “Vivemos uma crise de ética antes nunca vivida. Decidimos trazer Leandro Karnal por ser uma referência nesse assunto para que haja troca de experiência e para que tenhamos mais conhecimento”, pontua o magistrado. (Texto: Jéssica Fernandes - da Corregedoria-Geral da Justiça de Goiás/ Foto: Hernany César- Centro de Comunicação Social do TJGO)