No fim da manhã desta segunda-feira (3), a Corregedoria Geral da Justiça de Goiás (CGJGO) lançou oficialmente a Semana Estadual de Reconhecimento Espontâneo de Paternidade na sala no Pai Presente, localizada no Fórum do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO).
O corregedor-geral da Justiça de Goiás, desembargador Gilberto Marques Filho, abriu a Semana Estadual juntamente com o juiz auxiliar da CGJGO, Ronnie Paes Sandre. “Estamos medindo esforços para que o nome do pai esteja presente na certidão de nascimento do filho. É de extrema importância esse programa para a sociedade”, pontuou o desembargador Gilberto Marques Filho.
O evento acontecerá em todas as comarcas do Estado até esta sexta-feira (7), semana que antecede o Dia dos Pais. “Os juízes de todas as comarcas estão engajados nessa semana para que possa ser feito um grande número de reconhecimento espontâneo de paternidade. A Corregedoria teve essa iniciativa e iremos ter êxito no que diz respeito a promoção da cidadania”, frisou o juiz auxiliar da CGJGO, Ronnie Paes Sandre.
Com o reconhecimento de paternidade facilitado pelo Provimento nº16 da Corregedoria Nacional de Justiça, a CGJGO intensificou o reconhecimento espontâneo de paternidade por meio da Semana Estadual. “A Semana Estadual de Reconhecimento Espontâneo de Paternidade está sendo realizada pela primeira vez, mas será um trabalho contínuo assim como o programa Pai Presente”, pontuou a gerente administrativa do programa, Maria Madalena de Sousa.
O fotógrafo André Fernando Bento (foto acima), de 43 anos, foi reconhecido pelo pai aos 38 anos de idade, mas somente semana passada fez o exame de DNA para que houvesse a certeza da paternidade. “Comecei a procurar meu pai aos 22 anos. Quando o encontrei eu e ele tínhamos dúvida, mas 16 anos depois ele me registrou, mas ainda com receio de que eu não fosse seu filho biológico. Semana passada fizemos o exame de DNA que tirou essa dúvida. Sou realmente filho dele”, conta Bento.
Para Bento a falta de um pai na vida de uma criança, um adolescente ou um adulto deixa cicatrizes muitos fortes. “Você crescer escutando que você é um menino sem pai ou te perguntarem onde está o seu pai e você não conseguir responder, é muito triste”, desabafa o fotógrafo.
O mecânico Antônio Gonçalves de Almeida reconheceu o filho Igor Fernandes de Almeida, de 8 anos e esteve na sala do Pai Presente para buscar a certidão de nascimento. “Eu e a mãe do meu filho vivemos em união estável e temos outros filhos. Com o Igor, ela registrou sozinha porque havíamos brigado e desde então fiquei na dúvida da paternidade. Agora com o resultado de DNA, pude ter a certeza de que sou o pai dele. O programa é muito eficiente”, afirma Almeida. (Texto: Jéssica Fernandes – da Corregedoria Geral da Justiça de Goiás)