18564955613 4b0a597585 zEm clima de informalidade em um ambiente histórico com processos, jornais, objetos e peças com mais de cinco décadas, a última Audiência Pública do primeiro semestre, projeto idealizado pela Corregedoria Geral da Justiça de Goiás (CGJGO), foi realizada no Antigo Tribunal de Júri da cidade de Goiás, que atualmente abriga um museu.

Os detalhes entre quadros e móveis antigos deixaram o clima mais próximo dos tempos passados. Em frente ao Fórum, a Banda do 4º Comando Regional da Polícia Militar executou o Hino Nacional, enquanto alunos do Colégio Militar Professor João Augusto Perillo fizeram a apresentação das bandeiras.

Na abertura da Audiência Pública, a diretora do Foro da comarca de Goiás, juíza Alessandra Gontijo do Amaral, ressaltou a relevância do trabalho feito pela Corregedoria. “A Audiência Pública faz parte da democracia moderna já que vai até as comarcas do interior para consultar a população sobre seus anseios. É um instrumento de democratização e transparência da Corregedoria”.

Além da magistrada, também participaram do evento o corregedor-geral da Justiça de Goiás, desembargador Gilberto Marques Filho; o juiz auxiliar da CGJGO, Átila Naves Amaral; o promotor de Justiça da comarca de Goiás, Edvar da Costa Muniz; a prefeita da cidade, Selma de Oliveira Bastos Pires; o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subseção da Cidade de Goiás, Haroldo José Rosa, os desembargadores Norival Santomé e Itamar de Lima e o juiz Wilton Muller Salomão, que representou a Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego).

Pontuando a Corregedoria como órgão de auxílio, o desembargador Gilberto Marques Filho acredita na troca de experiências, orientações e informações para prestação jurisdicional mais célere. “Estamos aqui para ouvir e enriquecer nosso conhecimento através da comunidade local e atender as comarcas e os jurisdicionados com qualidade. Queremos também mostrar a realidade do Judiciário goiano para o jurisdicionado”, pontua. 19185493225 a583ac92ce z

A advogada Aparecida Ferreira (foto à direita) citou o trabalho feito pelo núcleo da justiça comunitária na prestação de serviços para a população. A coordenadora do Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam), Elenízia da Mata de Jesus, ressaltou a parceria com o Judiciário, uma iniciativa inédita, no atendimento para as mulheres vítimas de violência doméstica.

O promotor Edvar da Costa Muniz reconhece que o Poder Judiciário está abrindo as portas para a população. “A Audiência Pública é um dos meios de aproximação com a comunidade já que existe o distanciamento do Poder Judiciário com a população”.

A mesma opinião é compartilhada pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subseção da Cidade de Goiás, Haroldo José Rosa. “Estamos satisfeitos com o Judiciário na comarca de Goiás. Nós, advogados do interior, temos uma atenção maior para os jurisdicionados desafortunados através da central judiciária”.

A vereadora Zilda Lobo pontuou o engradecimento das Audiências Públicas para o município, a criação de uma vara de execução penal, a falta de funcionários e serventuários na comarca para dar apoio aos juízes e o cancelamento da construção do novo fórum feito pela juíza Alessandra Gontijo do Amaral, que alegou a não funcionalidade do projeto e do local doado.

Prefeita da cidade de Goiás, Selma de Oliveira Bastos Pires pontuou que a união entre Judiciário, Executivo e Ministério Público, faz a cidade melhor. “Precisamos também de políticas públicas para atender a população. Essa Audiência veio em um momento oportuno para nossas autoridades se unir”.

Na oportunidade foi apresentada para a população a juíza Francielly Faria Morais que atuará na cidade e a decisão do governador Marconi Perilo para a pavimentação do trecho entre Faina e povoado de Recanto das Araras, GO-456, pedido feito pela juíza Alessandra Gontijo do Amaral e pontuado pela presidente da Associação Brasileira do Xeroderma Pigmentoso (Abraxp), Gleice Machado. “Quero em nome da comunidade, agradecer a juíza pelo direito a acessibilidade pela pavimentação da GO”.


Atendimento Interno

O desembargador Gilberto Marques Filho abriu a solenidade do atendimento interno do Judiciário feito no período da manhã, juntamente com o juiz auxiliar da CGJGO, Átila Naves Amaral, com o desembargador Norival Santomé e com a juíza Alessandra Gontijo do Amaral.

Gilberto Marques lembrou da oportunidade da Audiência Pública em confraternizar e aproximar os juízes das Regiões Judiciárias. O magistrado pontou a conciliação e auxílio como característica da atual gestão da CGJGO. “Temos o propósito de obter informações para a resolução os problemas que são cabíveis à Corregedoria. Muitas atitudes que foram tomadas partiram das sugestões feitas através da Audiência Pública. Sempre estamos buscando aprimorar e quero que haja participação dos colegas nos mínimos detalhes”.

O desembargador Norival Santomé lembrou que a convivência com outras carreiras deve ser a preocupação do magistrado. “O Judiciário tem que passar para a população sobre o papel dela”. O magistrado ressaltou as qualidades de Goiás, que mesmo depois da mudança da capital, continuou sendo atrativa e com simbolismo característico para o Estado. 19179908662 7a7929da34 z

Os juízes da 8ª Região Judiciária, que abrange as comarcas de Itaberaí, Itapirapuã, Itapuranga, Itauçu, Jussara, Mossâmedes, Mozarlândia, Sanclerlândia, Taquaral de Goiás, Uruana, Aruanã, Nova Crixás e Goiás, pontuaram sobre o sistema prisional, reeducandos de outras comarcas e de outros Estados, prisão domiciliar, tornozeleira eletrônica e a possibilidade de transmissão online da Corte Especial. (Texto: Jéssica Fernandes - da Corregedoria-Geral da Justiça de Goiás)


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