Um crime motivado pela herança do comerciante Sebastião Divino Camilo, de 56 anos, terminou na condenação de quatro pessoas, entre elas a da ex-mulher da vítima, Marinês Almeida de Oliveira. O julgamento, realizado pelo Tribunal do Júri de Montividiu, sob a presidência da juíza Danila Cláudia Le Sueur Ramaldes, integra a 2ª Semana Nacional do Júri. Em um esforço concentrado dos jurados, magistrada, promotores, servidores e militares, o júri teve início às 8 horas da terça-feira (14), e só terminou na madrugada de quarta-feira (15).
Ao reconhecer o empenho de todos na realização do júri, Danila Le Sueur agradeceu a colaboração do conselho de jurados, composto apenas por mulheres, cujas integrantes foram: Deusirene Maria F. de Araújo, Adjane Maria da Silva, Nalu Aparecida Mar de Oliveira, Ana Paula Santos Camargo, Iraci Gonçalves Ferreira, Iranda Silva Pinheiro e Juliana Martins Ferreira. A presidente do júri também enalteceu a participação da promotora Laura Diva de Macedo e Louredo Teles, bem como dos procuradores de Justiça Whaslen Fagundes, Gracielle Rodrigues Martins, Wadneia Pereira de Oliveira, Gleice Cabral de Castro, Josivan Gonçalves Paiva Carmo, Lindomberto Moraes da Silva, e de seus servidores Fernando Costa Oliveira, Jéssica Macedo Cruvinel, Alcina Melo de Carvalho, Guiodemar Divino de Freitas, Francinete Duarte Silva, Ana Paula Feitoza da Silva. "A dedicação neste caso foi imprescindível para que o julgamento fosse realizado com efetividade, todos contribuíram para a excelência da prestação jurisdicional durante as 24 horas do júri", elogiou.
A juíza estendeu os agradecimentos ao militar comandante Maurozam Firmiano da Silva, subtenente Marco Aurélio Pereira Martins, sargentos Wider Lonso Alves da Silva, Elizomar Coelho Senna e Márcio Francisco de Lima, além do cabo Vanderlan Pereira dos Santos e os integrantes do grupo GORE Laiane de Figueiredo Andrade, Carlos Alberto Fernandes de Freitas, José Carlos Ferreira, Tayrone Ferreira Varanda, Alexandre Boa Nova, Paulo Sérgio dos Santos Barbosa, Aluizio Teixeira de Alegrim, Adilson Nogueira da Silva e Flávio Henrique de Sousa Nunes.
Condenação
Marinês foi pronunciada como mandante do homicídio qualificado do companheiro e condenada a 6 anos e 8 meses de reclusão, por homicídio simples privilegiado. A ré cumpriu 945 dias de prisão até obter a progressão para o regime aberto. Leandro Rufino de Oliveira, autor dos disparos que matou o comerciante, recebeu uma pena de 14 anos e 2 meses de reclusão, por homicídio qualificado privilegiado, a ser cumprida em regime fechado, sem direito de recorrer em liberdade.
Rogério Modesto da Silva foi condenado a 12 anos de reclusão por ter sido cúmplice do crime e Valeriano José Pedro Neto, por auxiliar o ato criminoso, ficará preso por dois meses. Já Ademilson da Silva Gomes, também acusado de ser outro executor do crime, foi absolvido.
O caso
De acordo com o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), em 29 de dezembro de 2011, às 14h30, Sebastião Divino foi morto com vários tiros no próprio estabelecimento comercial, localizado na cidade de Montividiu. Conforme relatado na denúncia, Leandro Rufino chegou ao local em uma moto com Ademilson na garupa. Então, ele desceu do veículo e efetuou seis tiros contra Sebastião, que morreu na hora. (Texto: Jéssica Fernandes - da Corregedoria-Geral da Justiça de Goiás)