Aconteceu na tarde desta quinta-feira (2), no auditório do Fórum Cível, localizado no Parques Lozandes, a transmissão de cargo da Diretoria do Foro da capital para a juíza Maria Socorro de Sousa Afonso da Silva. No biênio 2015/2017, o posto era ocupado pelo juiz Wilson da Silva Dias.
“Hoje me fez recordar o dia 2 de fevereiro de 2015, quando discursava na posse que a mim fora conferida frente a diretoria do Foro dessa capital, dando início a uma nova experiência. Fiquei muito feliz pela oportunidade. Quero antes de tudo agradecer a Deus pela oportunidade que se encerra. Nenhum dever é mais importante que a gratidão.”, pontuou o juiz Wilson Dias.
Durante o discurso, o magistrado destacou os feitos realizados na gestão do desembargador Leobino Chaves como presidente do TJGO e do desembargador Gilberto Marques Filho, como corregedor-geral da Justiça de Goiás, presidente do TJGO no biênio 2017/2019. “Foi uma experiência rica e satisfatória. A minha passagem pela diretoria do Foro e a convivência com servidores e magistrados me fez perceber a diferença entre ser um líder e ser um chefe. Os dois são baseados em autoridade. Um chefe é uma obediência cega e um líder conquista sua autoridade por meio da compreensão e confiança de seus liderados”, pontuou.
Dias (foto à direita) fez um breve balanço da gestão citando dentre os principais feitos da diretoria do Foro da comarca de Goiânia, como a digitalização dos processos. “Até o final do mês de janeiro, dez varas Cíveis e dez Varas da Fazenda Pública foram 100% digitalizadas. Hoje, a digitalização de quatro Varas Cíveis estão em andamento. Estamos obedecendo o cronograma passado para a Presidência do TJGO”.
Ao todo foram digitalizados 124.768 processos, o que resulta em 50% dos processos da capital goiana. Restam 90.296 a serem digitalizados com previsão para finalização para agosto deste ano.
“Vejo esse desafio como uma oportunidade de mostrarmos que nós, mulheres, temos a expertise e a capacidade de atuarmos como gestoras administrativas, sermos efetivamente agentes políticas e de interlocuções necessárias. Procuraremos nessa condição exercermos essa função da melhor maneira possível, ou seja, com dedicação, com zelo, com abertura ao diálogo e com atendimento aos servidores, aos colegas, aos operadores do direito e ao jurisdicionado”, pontuou a juíza Maria Socorro de Sousa Afonso da Silva.
Desafios
A diretora do Foro da comarca de Goiânia, juíza Maria Socorro de Sousa Afonso da Silva apontou vários desafios para o biênio 2017/2019, como a continuidade da digitalização dos processos e cumprimentos de metas estipuladas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
“Um dos primeiros desafios é a continuidade da digitalização dos processos porque a digitalização dificulta o acesso ao processo e resulta na paralisação e demora processual. Também é um desafio a contenção de gastos, adequação da estrutura do Poder Judiciário, a insuficiência de servidores e magistrados e o cumprimento das metas do CNJ. Das dez metas estipuladas, seis são pertinentes a estruturação e operacionalização da justiça estadual. Com todos participando, o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás se destacará como um dos mais importantes, eficientes e produtivos do nosso País”, conclui.
Participaram da transmissão de cargo a desembargadora Sandra Regina Teodoro Reis, representando o presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, desembargador Gilberto Marques Filho; o juízes auxiliares da Presidência do TJGO, Ronnie Paes Sandre e Maria Cristina da Costa; o secretário-geral da Presidência, Fernando Chaves; a secretária de gestão estratégica do TJGO, Cássia Aparecida de Castro Alves; o chefe do gabinete Militar do TJGO, Coronel Urzêda; o presidente da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego), juiz Wilton Salomão; os desembargadores Itamar de Lima, Norival Santomé, Antônio Nery da Silva e Homero Sabino de Freitas; a defensora pública-geral do Estado de Goiás, Lúcia Silva Gomes Moreira; a procuradora-geral do Município, Anna Vitória Gomes Caiado, representando o prefeito de Goiânia, Iris Rezende; o delegado-geral da Polícia Civil do Estado de Goiás, Álvaro Cássio, representando o secretário de segurança pública; os juízes auxiliares da CGJGO, Cláudio Henrique Araújo de Castro e Sirlei Martins da Costa; a diretora judiciária do TJGO, Márcia Perilo; o presidente do Sindojus-GO, Moisés Bento; a coordenadora das promotorias de Goiânia, Itamara Andreia Rivera; o sub-procurador-geral, Márcio Potenciano, representando o procurador-geral do Estado de Goiás; o juiz Carlos Elias; o oficial e tabelião do Cartório do 2 Registro Civil e Tabelionato de Notas de Goiânia, Antônio do Prado, o cartorário de Registro de Imóveis da 1 Circunscrição; Igor França Guedes; dentre outras autoridades, servidores, convidados, familiares e imprensa.
Inauguração da Galeria de Diretores de Foro
Após a solenidade de transmissão de cargo, foi inaugurada na diretoria do Foro, a Galeria de Diretores. O primeiro juiz diretor de Foro da comarca de Goiânia, em 1968, o desembargador Homero Sabino de Freitas relembrou quando recebeu o convite do desembargador Geraldo Magella Franklin Ferreira.
“O desembargador Geraldo Magella Franklin Ferreira se convenceu de que não dava para desembargador ser diretor de Foro, tinha de ser um juiz. E me nomeou como o primeiro. E foi exatamente começar uma verdadeira revolução no Judiciário no âmbito do 1º grau. O 2º grau era muito bem organizado, mas o 1º não. Não havia nem Tribunal do Júri. Eu comprei as cadeiras de um cinema que foi desativado, o Cine Santa Maria, no ano de 1968, e montei o primeiro Tribunal do Júri pra não ficar sendo montado dentro de ginásios, por exemplo. Na época acumulei duas funções: diretor do Foro e presidente da Asmego”, pontuou. (Texto: Jéssica Fernandes – Assessora de Imprensa da Diretoria do Foro da Comarca de Goiânia/ Fotos: Wagner Soares – Centro de Comunicação Social do TJGO)
