O juiz Lionardo José de Oliveira, em substituição na 7ª Vara Criminal de Goiânia, em audiência de custódia, ocorrida nesta terça-feira (20), converteu em preventiva a prisão em flagrante de Leonardo Gomes Monteiro. Leonardo é acusado de matar a mulher, Alessandra Rosa Veiga, e a enteada, Irene Gabriele Rosa Veiga, a facadas.
O Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) pediu a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva em razão da garantia da ordem pública. Por sua vez, a defesa se manifestou pela concessão da liberdade provisória mediante cautelares diversas da prisão.
Lionardo José de Oliveira informou que, neste caso, restaram preenchidos todos os pressupostos da prisão preventiva, restando demonstradas a prova da materialidade e os indícios de autoria do delito. Constatou que a conversão da prisão em flagrante em preventiva do detido é medida que se impõe como forma de garantir a ordem pública, principalmente devido à gravidade do crime.
“É necessário, pois, uma postura mais rigorosa da Justiça em casos como o dos autos. Assim, resulta configurada a condição necessária para justificar o decreto de prisão preventiva, qual seja, a garantia da ordem pública, em face das circunstâncias do caso que, pelas características delineadas, retratam, in concreto, a periculosidade do indiciado, sobretudo, o modus operandi do delito’”, disse o juiz.
De acordo com os autos, Leonardo relatou aos policiais que praticou o crime com o objetivo de se defender de supostas agressões das vítimas. Porém, o magistrado explicou que essa versão não encontrou respaldo de natureza cognitiva, uma vez que ele teria se desentendido com a vítima e abandonado o local, retornando depois para matá-las, “o que demonstra de maneira irrefragável que ele teria tido tempo suficiente para refletir sobre o ocorrido, se arrepender e desistir de praticar os crimes, procurando as via legais para resolver as supostas agressões sofridas”, afirmou.
O Caso
Na última segunda-feira (19), Leonardo Gomes Monteiro foi surpreendido por policiais militares no momento em que abandonou a cena do crime, correndo pela Avenida Independência com uma faca na mão e a roupa suja de sangue.
Os policiais começaram a perseguição e, após capturá-lo, o acusado confessou o crime, apontando as proximidades de um bar como local do crime. Ao chegarem ao local, os agentes encontraram a enteada ainda viva, mas mesmo sendo rapidamente socorrida, por uma equipe do Corpo de bombeiro, não resistiu e também acabou falecendo. Veja a decisão. (Texto: Gustavo Paiva – Centro de Comunicação Social do TJGO)