O juiz Lourival Machado da Costa, da 2ª Vara Criminal dos Crimes Dolosos contra a Vida e Tribunal do Júri de Goiânia, realizou, nesta sexta-feira (4), audiência de instrução e julgamento no caso do estudante Robertinho. O Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) ofereceu denúncia contra três policiais, pelos crimes de tentativa de homicídio, homicídio triplamente qualificado, abuso de autoridade e fraude processual. Até por volta das 17h30 haviam sido ouvidas 11 testemunhas, ainda faltam seis para prestarem depoimento e outras duas não compareceram à audiência.
Foram arroladas oito testemunhas de acusação, pelo MPGO, e 11 testemunhas de defesa. Após serem ouvidas todas as testemunhas e os acusados é que o juiz decidirá se os réus serão julgados pelo Tribunal do Júri de Goiânia. Esteve presente, representando o MPGO, o promotor Mário Henrique Cardoso Caixeta. A reconstituição do crime foi marcada para o dia 15 de agosto, às 19 horas.
Roberto Lourenço da Silva, pai da vítima, Roberto Campos da Silva, foi o primeiro a depor. No dia do crime, ele também foi alvejado. Abalado, ele se mostrou descontente com a demora na realização da reconstituição do crime, que já foi cancelada duas vezes, e espera que seja feita justiça pela morte do filho. “Reviver tudo aqui, na frente do juiz, é difícil. Vem aquela dor, aquela angústia”, falou.
O caso
A morte de Robertinho aconteceu no dia 17 de abril, no Residencial do Araguaia, em Goiânia. De acordo com a denúncia, o jovem estava em sua casa, com a família, quando três policiais invadiram o local e o matou, deixando, também, seu pai ferido. (Texto e fotos: Gustavo Paiva - Centro de Comunicação Social do TJGO)