Trabalhando como autônoma, Ana Lúcia da Cruz, de 42 anos, participou do segundo dia do Projeto Curatela, na última sexta-feira (20), no Instituto Pestalozzi, localizado no Setor Pedro Ludovico, em Goiânia. Ela teve pedido de curatela do filho Thiago de Moursa, de 22 anos, analisado pela Justiça. Ana Lúcia agora é responsável legal pelo filho junto com Sérgio de Sousa, tio do jovem.
Thiago sofre crises convulsivas desde que tinha 1 ano de idade. Somente após os 6 anos é que foi diagnosticado com autismo e deficiência metal. “Fazíamos exames e não constava nada. Quando ele tinha 6 anos de idade soube do diagnóstico e ele tinha convulsões até pouco tempo”, pontua Ana Lúcia.
Mãe de mais uma filha, de 17 anos, Ana Lúcia lembra da morte do marido e da preocupação com o futuro do filho. “Quando meu marido faleceu em decorrência de câncer nos rins, Thiago tinha 12 anos. Pensei o que seria de nós dali para frente. Com a ajuda da família, continuamos em busca do melhor para o Thiago e foi aqui, no Instituto Pestalozzi, que ele encontrou os cuidados necessários, e ficamos sabendo do Projeto Curatela”, afirma.
O Projeto Curatela tem o objetivo de amparar juridicamente as pessoas portadoras de deficiência mental com o olhar humanizado e desburocratizador sem custo para as famílias. Logo na entrevista, o promovente sai com a curatela provisória do promovido. Na última sexta-feira (20), foram realizadas 30 entrevistas durante todo o dia. Juízes, advogados, promotores e defensores públicos participam voluntariamente do projeto, que acontece desde 2009.
“Para nós, é muito importante ter esse tipo de projeto. Thiago entende o que a gente fala, diz algumas coisas e se alimenta sozinho. Independente do jeito dele. O Thiago é tudo na minha vida. Ele é uma benção de Deus”. (Texto e foto: Jéssica Fernandes – Assessoria de Imprensa da Diretoria do Foro da Comarca de Goiânia)