Em dois dias, cerca de 800 pessoas comparecem ao fórum de Minaçu durante a realização do Programa Acelerar - Núcleo Previdenciário. Apenas no primeiro dia, 119 ações foram resolvidas de forma definitiva. Isso significa que 81,29% dos processos pautados foram sentenciados. Além disso, foram realizadas 139 audiências, com a concessão de 88 benefícios, ou seja, 63,31%. Isso significa que foram pagos R$1.775.688,95 em benefícios financeiros.

O balanço dos trabalhos, iniciados nesta segunda-feira (10), foi divulgado pelo Núcleo Previdenciário do Projeto Acelerar do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO). A equipe do Núcleo Previdenciário fica em Minaçu até a quarta-feira (12) e segue para a comarca de Formoso amanhã (13), onde permanece até sexta-feira (14).

“Resultado extremanente positivo e significativo para a comarca”, avaliou a diretora do Foro local, juíza Hanna Lídia Rodrigues Paz Cândido, que observou: "Isso porque os trabalhos nem acabaram ainda". Ela ainda agradeceu aos colegas magistrados, que se deslocaram até a cidade de Minaçu, além dos advogados e servidores que participam do evento. “Temos uma equipe muito motivada e orgnizada, que objetiva a celeridade da prestação jurisdicional”, ressaltou.

Busca de informações
Além de jurisdicionados e advogados, pessoas vão até ao fórum em busca de informações. Esse é o caso de João Pereira da Silva, de 68 anos. “Quando eu fiquei sabendo que ia ter o mutirão aqui eu vim para saber se eu posso aposentar”, disse. Segundo ele, foi uma vizinha que o avisou sobre a ação. “Vivo em dificuldade e estou precisando muito da minha aposentadoria. Trabalhei a vida toda na roça, mas não se se tenho já tenho o direito”, ressaltou.

Atualmente João não trabalha e vive com a ajuda de terceiros. “Minha vizinha me ajuda muito e tem também as pessoas da igreja”, contou, ao dizer que mora sozinho e não tem família. De acordo com ele, o trabalho ficou difícil depois que queimou a mão (foto). “Já faz muito tempo, mas ainda tenho dificuldade em fazer as coisas, não só pelo problema da mão, mas também pela minha idade”. João teve a orientação no fórum e saiu com a certeza de que daqui alguns dias será aposentado. “Agora eu sei o que tenho que fazer para conseguir a minha aposentadoria e viver um pouco melhor”, finalizou. 

Alvarice de Sousa Garcia Nunes, de 49 anos, é mãe de Nathalia de Sousa Garcia Oliveira (foto abaixo), de 9 anos, e foi buscar informação no fórum durante os mutirões, na tentativa de conseguir amparo assistencial para a filha que não tem a mão direita. “Ela nasceu assim e os médicos não souberam me falar o porque isso aconteceu”, relatou. Tímida, Nathalia disse que sofre preconceito por não ter o braço, mas que já acostumou. “Hoje eu não me importo se as pessoas falaram ou ficam olhando para o meu braço. Mas quero um bracinho mecânico”, desabafou.

A menina sabe que o dinheiro vai ajudar em casa, já que a mãe é desempregada e o pai as abandonou. “Minha mãe vai poder comprar as coisas lá para casa. Minha irmã é mais nova e tem diabetes. Ela também precisa ser cuidada direitinho”, destacou.

Apesar da dificuldade, Alvarice afirmou que uma parte do dinheiro vai para ser para o tratamento da jovem. “É pouco, mas vamos realizar o sonho dela que é colocar uma prótese e viver como uma pessoa normal”, concluiu. (Texto: Arianne Lopes / Fotos: Aline Caetano – Centro de Comunicação Social do TJGO)

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