O presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), desembargador Gilberto Marques Filho, o corregedor-geral da Justiça de Goiás, desembargador Walter Carlos Lemes e o ouvidor-geral da Justiça, desembargador Itamar de Lima, participaram, nesta quinta-feira (30), do lançamento do Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (PLID GOIÁS), no auditório do edifício-sede do Ministério Público do Estado de Goiás, no Setor Jardim Goiás, em Goiânia.
O programa permite o cadastro dos desaparecidos num banco de dados nacional, chamado SINALID, que sistematiza e cruza informações provenientes de diversos órgãos, ajudando na busca e localização de pessoas desaparecidas.
Durante a solenidade, os desembargadores, o procurador-geral de Justiça, Benedito Torres Neto e o secretário estadual de Segurança Pública, Irapuan Costa Júnior, assinaram um termo de cooperação a fim de desenvolver ações conjuntas e coordenadas no enfrentamento do desaparecimento de pessoas no Estado de Goiás. O documento visa a adoção e realização de procedimentos para garantir a efetividade das investigações relativas aos casos de pessoas desaparecidas.
A coordenadora do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos do Ministério Público de Goiás, Patrícia Otoni, fez a apresentação do PLID aos presentes e detalhou o programa que, segundo ela, foi iniciado pelo MP do Rio de Janeiro. Ela explicou que o sistema permitirá que todos os Estados brasileiros compartilhem banco de dados e ferramentas únicas, por meio do tratamento das informações, indexação e disponibilização, aos interessados, de forma a potencializar ações de busca de pessoas desaparecidas, submetidas ao tráfico de seres humanos ou em situações semelhantes.
A procuradora de Justiça do MP-GO e secretária de Direitos Humanos e Defesa Coletiva do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Ivana Farina Navarrete Pena, elogiou a disposição do presidente do tribunal goiano em articular o Poder Judiciário ao tratar o assunto. “As vezes é um problema desconhecido por muitos, mas para quem tem alguém desaparecido é uma grande dor”, frisou.
Ivana Farina disse ainda que, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil possuiu 82 mil desaparecidos, e o sistema já tem mais de 60 mil desaparecimentos registrados. “Todos são chamados para contribuir. Aqui há uma integração e mobilização de todos", salientou.
Ao encerrar o evento, o procurador-geral de Justiça elogiou a iniciativa do MP-GO por olhar para aqueles que muitas vezes são esquecidos. “Isso é para mostrar que temos razão, mas também somos coração. Que esse programa seja replicado no Brasil todo e anemize a dor de quem está sofrendo”, enfatizou.
Para o secretário estadual de Segurança Pública, tanto a SSP, quanto o TJGO e o MP-GO, estão juntos na tarefa de identificar pessoas desaparecidas. “Já contamos com uma plataforma no site da Segurança Pública que permite a qualquer pessoa que encontre um desaparecido localizá-lo nos nossos arquivos e nos nossos bancos de dados onde conseguirá também informações a respeito da família, podendo avisar aqueles que estão buscando seus familiares”, informou. (Texto: Arianne Lopes / Fotos: Acaray M. Silva – Centro de Comunicação Social do TJGO)