O programa Cidadania e Justiça Também se Aprendem na Escola encerrou as atividades do ano em Luziânia com a missão cumprida: atingir os 570 alunos da rede pública de ensino fundamental, número previsto desde o lançamento do projeto. O encerramento foi comemorado com uma festa, realizada nesta terça-feira (26).

O programa leva aos alunos noções básicas sobre o Poder Judiciário, além de ensiná-los mais sobre seus direitos e deveres. A ação é iniciativa do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), em parceria com a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e secretaria municipal de Educação. 

Durante a festa de encerramento, foi divulgado o resultado do concurso de redação, cujos textos foram corrigidos por uma comissão e os autores das cinco melhores redações foram premiados com bicicletas. Os alunos fizeram apresentações artísticas e o professor responsável pela melhor delas foi premiado com um notebook. Já os alunos vencedores da gincana de conhecimentos, aqueles que responderam a um maior número de questões, ganharam um computador para a escola.

A diretora do foro da comarca de Luziânia e coordenadora regional do projeto, juíza Soraya Fagury Brito, destacou a importância de oferecer às crianças conhecimentos de Justiça e cidadania por meio de um material acessível e lúdico. “Despertar neles esse interesse é gratificante. Isso os aproxima da Justiça”, ressaltou. Segundo ela, a sensação de dever cumprido é mais evidente diante das apresentações culturais e das redações, que comprovam que os alunos conseguiram absorver o conhecimento que foi fornecido a eles durante esse ano.

De acordo com a juíza Camila Nina Erbetta Nascimento e Moura, coordenadora do Núcleo de Responsabilidade Social e Ambiental do TJGO, orientar as crianças sobre seus direitos e deveres reflete no futuro delas, uma vez que tornarão cidadãos mais conscientes e responsáveis. “Esse conhecimento aumenta o comprometimento do cidadão com o País”, enfatizou.

De modo igual, a promotora de Infância e Juventude local, Janaína Costa Vecchia de Castro, parabenizou o Poder judiciário pela ação e agradeceu a juíza Soraya pela oportunidade de fazer parte do projeto. Segundo ela, além do Justiça educacional agregar aos estudantes mais conhecimento a respeito do Poder Judiciário, cria nos alunos maiores expectativas do futuro. “É preciso fazer florescer cada sementinha aqui plantada para que os alunos repassem o que aprenderam. Me sinto honrada em ter participado. Além disso, tentei buscar as demandas das crianças e vivenciar um pouco da realidade delas”, salientou.

A secretária municipal de educação, Jaqueline Cristovão, também agradeceu o empenho da juíza Soraya e do TJGO e, em especial, dos alunos e professores por se dedicarem tanto à iniciativa. “É um belo projeto, mas sem a atenção de cada um de vocês não seria possível. Temos orgulho dos nossos alunos que, sem dúvida, estão mais conscientes”, pontuou. Segundo ela, a ação foi bem recebida por todos e mostra que o Poder Judiciário se faz presente na Educação. “O programa foi um sucesso e esperamos continuar esse trabalho no ano que vem”, finalizou.

Benefícios

Segundo a coordenadora da Escola Municipal Ismar Goncalves, Edilene de Jesus Mariano, o conhecimento dos direitos e deveres afasta a violência e contribui para um melhor desenvolvimento social dos alunos. “Sabemos que a realidade do Entorno é diferente do restante do Estado, o que o Poder Judiciário está fazendo aqui é o os outros poderes deveriam fazer, ou seja, olhar com mais atenção e respeitar nossas particularidades”, avaliou.

Para ela, a Justiça goiana, ciente da sua responsabilidade social com a cidadania, foi até as escolas e contribuiu para formar novos cidadãos. “A iniciativa é uma ferramenta essencial para a boa convivência em sociedade, conhecer os direitos e deveres de cada um e a necessidade de aprender a respeitá-los”, avaliou. E ainda, de acordo com a coordenadora, o programa beneficiou alunos que estão deixando a rede municipal e indo para a estadual. “Ficamos preocupados com essa mudança que o aluno vai passar, o universo da escola estadual é diferente. Portanto, aprender mais sobre Justiça durante esse período é essencial porque os alunos estão preparados para resolverem seus próprios conflitos”, finalizou. (Texto: Arianne Lopes / Fotos: Aline Caetano - Centro de Comunicação Social do TJGO)

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