As mais de 300 pessoas que lotaram o Auditório do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, na manhã desta quinta-feira (19), não queriam perder uma só palavra da palestra “A Arte de Viver a Mudança”, proferida pela PhD em Filosofia e mestre em Comunicação Empresarial, Dulce Magalhães. A palestrante se apresentou durante Semana da Cultura de Paz, evento realizado pelo comitê do judiciário goiano para uma cultura de paz.
A palestrante começou sua exposição falando sobre como produzir mudanças. Dulce indagou a plateia sobre o porquê de resistirmos tanto as mudanças, e porque temos dificuldades de implementar novidades na vida. Informou que o objetivo da palestra era o de auxiliar os participantes a produzir mudanças de uma forma criativa e motivada.
Em seguida, Dulce convidou os participantes a refletir sobre a finalidade da dor e da doença. “Elas são sinais de que algo não anda bem no nosso organismo de que é preciso mudar algum aspecto da nossa vida para voltarmos a ter equilíbrio na saúde. A partir da hora em que escolhemos não mudar, a dor e a doença podem aumentar, causando sofrimento. Portanto, podemos dizer que o sofrimento é opcional”, explicou.
Dulce fez uma dinâmica para mostrar que cada pessoa enxerga o mundo de modo diferente. Ela pediu para as pessoas que estavam de óculos emprestarem o objeto para alguém que estivesse ao seu lado. Quem fez o exercício percebeu que os óculos serviam muito bem para seus proprietários, mas não surtiam o mesmo efeito para os demais. “Nós vemos as coisas como nós somos. As formas como percebemos as coisas são diferentes para cada ser humano", ela destacou.
De acordo com a palestrante, quando nascemos, recebemos uma espécie de "lente mental", que nos ajuda a construir a nossa visão de mundo. Para o processo de mudança ocorrer, segundo ela, é preciso “abrir a visão”, conseguir enxergar através de outras lentes. Esse processo, ela explicou, se chama aprendizagem, e é através dele que as transformações acontecem.
Para Dulce, o grande aprendiz deve ter cinco qualidades: abertura para o novo, interesse, curiosidade, ausência de preconceito e ausência de julgamento. “Nossos pensamentos não podem ser engessados, o gesso só serve para nós quando estamos machucados. Quem tem certeza das coisas não precisa aprender mais nada, mas sempre há algo para se aprender. A arte de viver a mudança é a arte da aprendizagem”, concluiu.
Na parte da tarde, será ministrada uma oficina de meditação, ministrada pelos professores do Instituto Goiano de Yoga, Edivar Bispo de Jesus e Nestor Mota. A Semana de Cultura da Paz do TJGO termina nesta sexta-feira (20), com a roda de terapia comunitária intitulada “Dialogando com meus problemas”, ministrada pelo facilitador Alaor Félix, a partir das 10 horas, no Salão Nobre do TJGO. (Texto: Gizely Cândida/ Foto: Hernany César - Centro de Comunicação Social do TJGO)