Foi aberta, nesta terça-feira (7), a exposição de artesanatos de tecelagem feitos por presos que cumprem pena em regime fechado no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia e integram o projeto Tecendo a Liberdade. A exposição segue até a próxima quinta-feira (9), no hall do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO).
De acordo com a juíza e coordenadora do projeto, Telma Aparecida Alves Marques, esta é a segunda exposição desde a implantação do programa. “A partir de agora queremos dar visibilidade e mostrar o que produzimos lá dentro. É importante que a sociedade conheça que não há só ociosidade dentro do presídio, mas também há a intenção deles se reinserirem na comunidade”, ressaltou.
Para a magistrada o tear é um trabalho de mudança de comportamento, além de divulgar a produção artesanal feita dentro do presídio. “É oportunidade que eles têm de recuperar a dignidade”, afirmou Telma.
Para o diretor de recuperação da Agência Goiana do Sistema de Execução Penal, Aristóteles Sakai de Freitas, a melhor ferramenta de reinserção do preso é o trabalho. “O projeto busca inserir a população carcerária de volta na sociedade”, disse.
O diretor acredita que os reeducandos que participam do programa, ao sair da prisão, saem melhores do que entraram. “O que mais impressionou foi a adesão de homens. A iniciativa aproxima a sociedade da população carcerária, mostrando que ali dentro, apesar de crimes praticados por eles, há pessoas que produzem e querem uma nova chance”, pontuou. (Texto: Arianne Lopes / Foto Hernany César – Centro de Comunicação Social do TJGO)