Na tarde desta quinta-feira (28) saiu a sentença de Ricardo de Araújo Teixeira, integrante da torcida Sangue Colorado, acusado de matar a jovem Pâmella Munike Gonçalves Volpato, torcedora esmeraldina. O júri foi presidido pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 1ª Vara Criminal de Goiânia e o réu foi condenado a 29 anos em regime fechado, na Penitenciária Odenir Guimarães (antigo Cepaigo).

A sessão de julgamento no 1º Tribunal do Júri no fórum da capital foi acompanhada pelos familiares e amigos da jovem, que ficaram satisfeitos com a condenação. A mãe, Maria Aparecida Volpato Piloto, afirmou que “essa condenação era necessária para que a população passasse a acreditar mais na Justiça”. Além disso, Maria Aparecida ressaltou que preferiu ficar com os olhos fechados durante a leitura da sentença, pois, ao olhar para Ricardo, lembrava de Pâmella e de toda dor que tem passado desde a morte da filha.

Os jurados não aceitaram o pedido da defesa para desqualificar o crime, pois entenderam que a ação se deu por motivo fútil e que não deixou chances da vítima se defender. Em caso de homicídio qualificado, a pena é de 12 a 30 anos de reclusão, de acordo com o artigo 121, §2º do Código Penal Brasileiro. Lorrany Gomes Pereira, amiga da vítima, se sentiu “satisfeita pelo acusado ter pego quase pena máxima, mesmo que isso não a traga de volta”. A pena foi de 15 anos pela morte de Pâmella, 7 anos pela tentativa de homídio de Wallisson Nogueira e mais 7 anos pela tentativa de homícidio de Bruno Volpato.

Calimério Teixeira da Silva, pai de Ricardo, disse que acha justo o filho pagar pelo crime que cometeu e que foi ele mesmo quem o levou para a delegacia, porém, “Ricardo não pode ser uma peça usada para servir de exemplo aos outros” e que “outros envolvidos nos crimes relacionados às torcidas organizadas também têm que pagar pelos seus erros”. Calimério se dirigiu à mãe de Pâmella, em uma oportunidade longe das câmeras, para pedir perdão pelo ato do filho. Maria Aparecida disse que consegue se sentir aliviada pelo ocorrido, porém “Ricardo não tirou a vida apenas de Pâmella, mas a da família dele também, pois eles são pessoas de bem, mas que terão essa mancha na história”. (Texto: Jovana Torres / Foto: Aline Caetano – estagiária do Centro de Comunicação Social do TJGO)

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