A campanha Justiça Pela Paz em Casa terá participação da seccional goiana Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO). A próxima edição será entre os dias 15 e 19 de agosto e foi tema de reunião do desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga, presidente da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar e de Execução Penal do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, e integrantes da Comissão da Mulher da entidade classista.
A iniciativa visa realizar um esforço concentrado de julgamento de casos de violência contra as mulheres pelos 27 Tribunais de Justiça brasileiros. Dessa forma, magistrados priorizam audiências, júris, sentenças e despachos nos quais o público feminino figura como vítima.
Para o desembargador, a OAB-GO colabora para fortalecer a conscientização do público quanto à Lei Maria da Penha. “A punição inibe as atitudes, mas, sozinha, não resolve o problema. É preciso massificar as informações a respeito e lutar pela modificação cultural machista de culpabilização e objetificação da mulher”, afimou Luiz Cláudio Veiga Braga.
Segundo a pesquisa Mapa da Violência, da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), Goiás é o Estado com mais índices de violência contra a mulher e Goiânia é a 5ª cidade do ranking das capitais.
Presidente da comissão da mulher da OAB-GO, a advogada Manoela Gonçalves Silva afirmou que a entidade vai oferecer “todo o apoio logístico, institucional para discutir a temática da efetivação do processo penal com operadores do Direito militantes na área”.
Também integrantes da comissão, as advogadas Ariana Garcia do Nascimento Teles e Milena Maurício Moura estiveram presentes no encontro e afirmaram o compromisso classista de engajamento à campanha.
“É necessário mudar o campo ético não apenas com leis, mas com conscientização social”, destacou Ariana. “Combater esse problema social, mudar o pensamento patriarcal e a relação de posse do homem à mulher é ir à raiz do problema”, completou Milena. (Texto: Lilian Cury / Foto: Hernany César – Centro de Comunicação Social do TJGO)
