O juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 1ª Vara Criminal de Goiânia, designou para as 8h30 do dia 26 a audiência preliminar criminal para ouvir Márcia Zaccarelli Bersaneti e oitos testemunhas da acusação e cinco da defesa. A mulher foi denunciada pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) pelo homicídio e ocultação do cadáver da filha recém-nascida. A ré está presa preventivamente desde 11 de agosto, um dia após a polícia encontrar o cadáver, mediante delação do ex-marido da denunciada.

O homicídio, segundo a denúncia do MPGO, ocorreu em 17 de março de 2011 e o corpo do bebê ficou escondido dentro do escaninho do prédio onde morava, por mais de cinco anos.  Consta do documento do órgão ministerial, assinado pelo promotor de Justiça Maurício Gonçalves de Camargos, que Márcia confessou ter matado a filha por asfixia, tapando o nariz da criança.

Márcia Bersanetti escondeu a gravidez de amigos e familiares, por ter sido fruto de um relacionamento extraconjugal. Logo após a alta hospitalar, ela se dirigiu a uma praça no Setor Coimbra, onde cometeu o crime. Em seguida, colocou o corpo dentro de uma bolsa e levou para o apartamento onde morava. Depois, Márcia, acondicionou o cadáver em sacos plásticos e em caixas de papelão e o ocultou no escaninho, dentro da garagem.

Jesseir Coelho de Alcântara (foto à direita), ao receber a denúncia, no dia 12, frisou que a “inicial acusatória reveste-se de um substrato acusatório mínimo apto a autorizar a deflagração da ação penal”, tais como homicídio qualificado por motivo fútil, torpe, impossibilidade de defesa da vítima, cometido contra menor de 14 anos, contra descendente e ocultação de cadáver. No dia 22 de agosto, o magistrado decretou a prisão preventiva de Márcia por homicídio, uma vez que ela já estava presa apenas por ocultação de cadáver. (Texto: João Carlos de Faria e Lilian Cury – Centro de Comunicação Social)

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