O autor do Projeto Amparando Filhos, juiz Fernando Augusto Chacha de Rezende (foto), da comarca de Serranópolis, se reuniu nesta quinta-feira (27) com representantes de entidades ligadas à Rede de Proteção à Criança e Adolescente para discutir a implantação do programa em Goiânia, no dia 16 de novembro. O Amparando Filhos, já em funcionamento em nove comarcas, chega agora à capital, comarca que conta com mais de 60% da parcela das mulheres encarceradas no Estado.
Fernando Chacha pediu empenho de toda a rede de proteção, formada pelos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e Conselhos Tutelares para que o programa tenha o mesmo sucesso já alcançado nos locais onde foi lançado, para que o trabalho que se iniciará em Goiânia seja referência nacional.
“Este é um trabalho conjunto e eminentemente humano e tem o viés de ajudar o próximo, ser solidário e patente no sentido da pacificação, na resolução de conflitos de forma amigável, da diminuição de processos”, ressaltou o magistrado. “No momento em que estamos cuidando das crianças e dos adolescentes, filhos de encarceradas, estamos também cuidando do acervo processual futuro, não o atual. Estamos diminuindo os processos criminais, sejam atos infracionais agora, enquanto adolescentes, seja quando adultos, os processos criminais”, pontuou Fernando Chacha.
Em Goiânia, o Amparando Filhos será coordenado pela juíza Mônica Soares Gioia, do Juizado da Infância e da Juventude, responsável pela área cível. “Quando me apresentaram o programa, fiquei encantada com sua grandiosidade e logo me coloquei à sua disposição, pois o achei maravilhoso e sensível”, afirmou a juíza. Segundo ela, o Amparando Filhos é um programa que resgata o direito da convivência familiar entre mães e filhos e que tende a trabalhar essas crianças e adolescentes, com ações preventivas, com toda a rede de atuação e proteção envolvida neste resgate”.
Ao conhecer mais profundamente o Amparado Filhos, na reunião desta quinta-feira, a coordenadora do Núcleo de Assistência Social (NAS) Santo Afonso de Goiânia Karleth de Paula Cândido, afirmou que “o programa veio realmente preencher um espaço que antes era vazio e muito contribuirá com formação destas crianças e adolescentes, tornando-os adultos com estrutura emocional diferenciada, com capacidade de terem uma vida normal, como cidadãos portadores de direitos e deveres”.
Também a coordenadora do NAS - Esplanada do Anicuns, Eliana da Silva Porto Borges, parabenizou a inciativa de implantar o Amparando Filhos em Goiânia, “que chega nesse momento de angústia que vive o País”. Este programa afirmou, “é muito bonito e vai ressocializar mães encarceradas e trabalhar os seus filhos para que não caiam nos mesmos erros cometidos por elas”.
Participaram, ainda, do encontro, Viviane Ribeiro (CREAS - Jardim Curitiba), Fernanda Oliveira de Moura (Secretaria Municipal de Assistência Social de Goiânia), Karina Sousa Oliveira Nicolau (NAS- Santo Afonso), Eva Gonçalves de Moura Oliveira (CRAS – Canaã), Valdirene Leal (NAS- Bairro Goiá), Vicentina Rodrigues Godinho Bessa e Rejane Alves de Souza (estagiárias do curso assistente social) e Maria Regina Maria Borges (NAS- Pedro Ludovico), além de Gislene Carolina Sampaio Ludovico e Nilma Teixeira de Carvalho (Associação Polivalente São José).
Marcaram presença a diretora de Planejamento da Secretaria de Gestão Estratégica do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), Eunice Machado Nogueira, o secretário e a assessora do Núcleo de Responsabilidade Social e Ambiental, respectivamente, Eduardo Borges e Claudivina Batista Rosa. (Texto: Lílian de França _ centro de Comunicação Social do TJGO)