Giulliano Gennes Campos de Souza, de 30 anos, acusado de matar o vigilante Paulo de Parso Florêncio, foi condenado a 16 anos reclusão pelo crime de homicídio qualificado – mediante recurso que dificultou a defesa da vítima –, a serem cumpridos em regime fechado, na Penitenciária Odenir Guimarães. O júri popular presidido pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida, foi o primeiro realizado no plenário do Fórum Desembargador Fenelon Teodoro Reis (fórum criminal), localizado no Jardim Goiás.
“Hoje começamos os trabalhos neste novo local, podemos nos deparar com alguns contratempos. Porém estamos preparados, houve planejamento e treinamento para que aqui tudo tramite bem como aconteceu durante os 17 anos que presidi um dos Tribunais do Júri, instalados no setor Oeste”, destacou o magistrado ao abrir o julgamento.
Antes de iniciar a sessão de julgamento, a diretora do Fora da comarca de Goiânia, juíza Maria Socorro de Sousa Afonso da Silva falou aos presentes. “Tenho certeza que aqui todos serão bem acomodados e bem coordenados pelos juízes do Tribunal do Júri”, afirmou. Segundo ela,"o local foi reformado para acolher os jurisdicionais e tenho certeza que os trabalhos serão desenvolvidos como sempre. Desejamos que tenham uma ótima semana de trabalho, que será coordenada pelo juiz Jesseir. E que vocês tragam aqui a voz, o sentimento e a decisão daquilo que vocês entendam por mais justo”, frisou.
Interrogatório
Em interrogatório, Giulliano Gennes negou que atirou na vítima e afirmou que no dia e horário do crime estava em casa. Ao ser questionado a vítima, ele disse que não a conhecia e que “muito menos tinha qualquer desavença com o vigilante”. Três testemunhas que foram arroladas pelo Ministério Público não foram ouvidas pois foram dispensadas pelo promotor de justiça.
Sobre o crime
Consta dos autos, que no dia 20 de maio de 2013, por volta das 19h40, na Rua Leonardo Da Vinci, no Jardim da Luz, em Goiânia, Paulo de Parso prestava serviço como vigilante no estabelecimento comercial Suprema Frios, quando Giulliano Gennes se aproximou da vítima e fez vários disparos. Ela foi socorrida, porém não resistiu aos ferimentos, morrendo no hospital. (Texto: Arianne Lopes / Fotos: Aline Caetano – Centro de Comunicação Social do TJGO)